Sarah Coelho Silva (*)
É assim que diz a voz do povo
Uma gente simples, que ganha o seu dinheiro
Com seu próprio suor, regando seu trabalho
O alimento que ele mesmo sabe o quanto é
precioso e vai encaminhar para o mundo inteiro
De tudo que plantar poder a humanidade alimentar
Este é o retrato do homem humilde do campo
Está estampado em seu olhar, nos dando a vontade
De ficar juntinho, para poder de sua vida compartilhar
Principalmente a aprender a ser verdadeiro e ter a força
Como as águas de um rio que vem, abrindo o seu caminho
Sem medir esforços ou mesmo de ninguém depender
Mas com a determinação de um homem que sabe o que quer
Este homem do campo, com seu rosto marcado pelo sol forte
mas que nunca se cansa e tem consciência que o seu trabalho
nunca será desvalorizado, porque como é que vai ficar?
O que vamos comer, pois já se está sendo provado
Que apenas viver dos produtos industrializados
Os homens vão se tornar cada dia muito mais pesados
Mas infelizmente também são estes braços fortes
que tiram o menor proveito da grandeza de tudo que faz
Pois trabalham o dia inteiro, sem parar para o lero-lero
E muito menos, ter uma vida com maior respeito e dignidade
Este texto foi inspirado por uma amiga, Dona Zulmira
Uma senhora que entende da vida e hoje, com sua maturidade
sabe o que fala, dá o devido valor à vida
e principalmente a todas as pessoas que lutam e desejam
viver suas vidas no respeito e em paz
(*) É colaboradora do JA