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Gigante pede carinho

José Renato Nalini (*)

São Paulo de Piratininga, a maior cidade brasileira, completa 471 anos dia 25 de janeiro de 2025. É uma realidade complexa e apaixonante. Seduz e assusta. Quase treze milhões de seres humanos a convertem num incessante dínamo. Sempre em movimento, sempre apressada. Tudo nela acontece.

Teriam imaginado os jesuítas que subiram a Serra do Mar, vencendo aquela barreira verde aparentemente inexpugnável, para fundar um colégio em 1554, que ela se tornaria esta singular e extraordinária potência?

O planalto verde, com grandes rios e milhares de riachos, córregos e demais cursos d’água, com suas várzeas de biodiversidade luxuriante, se transformou em espaço pavimentado por onde correm milhões de veículos e por onde transcorrem milhões de existências.

Trabalho, subsistência, amores, dramas, sonhos e pesadelos acontecem na capital. Porto de esperança de milhares de almas que diariamente chegam à procura de salvação econômica. São Paulo acolhe e abriga. Ninguém fica para trás em gestão municipal impulsionada pelo amor ao semelhante. Sou testemunha da frase com que o Prefeito Ricardo Nunes inicia cada jornada diária: “O que vamos fazer hoje para melhorar a vida das pessoas, principalmente daquelas que mais necessitam?”.

Tal sentimento fraterno precisa contaminar todas as mentes. As dos poderosos, que extraem desta megalópole lucros legítimos e fabulosos. Qual o percentual do retorno para minorar as carências dos excluídos? Será que é suficiente pagar tributos e manter um departamento ESG em sua empresa? O compromisso ético de nossa era não exige mais de cada um?

Heróis anônimos ofertam sua doação diária de empenho para reduzir a desigualdade e eliminar a miséria. Mas a messe não para de crescer e os operários ainda são em número insuficiente para produzir a necessária e urgente diferença.

A fabulosa e cosmopolita São Paulo pede mais carinho à sua população. Ela pode ser ainda melhor: mais verde, mais resiliente, mais humana. Acrescentemos, todos nós, a dose de ternura que este território de contrastes está a merecer. Sejamos o modelo de solidariedade que mudará a face da Terra. São Paulo é o berço do paulistano, mas o escudo seguro de todos os que aqui chegam e acrescentam outros ricos e variados dons ao convívio mágico moldado pelo amálgama de etnias, de culturas e de paixões. Aqui, em São Paulo, todos têm sua voz e sua vez. Faça parte dessa afinada orquestra humana e se integre ao projeto de edificar um banquete de harmonia.

(*) É Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.

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