No último sábado Gavião Peixoto comemorou mais um aniversário de emancipação político-administrativa. Houve festa na praça central e na segunda-feira foi inaugurado o novo e amplo escritório dos Correios.
Embora a prefeitura não tenha enviado nenhuma programação de aniversário (descaso só com o JA ou com toda a imprensa?), a movimentação preparatória leva a entender que a comunidade viveu momentos felizes.
Mas, Gavião Peixoto precisa de mais força representativa para reivindicar o que é seu por direito: a contrapartida do Governo Estadual. Não pode correr com breque de mão puxado quando se trata de defender o interesse do município. Até agora, o que foi destinado a Gavião Peixoto por ter aberto mão de extensa área de terra para a instalação da Embraer?
A cidade foi escolhida para a construção de fábricas e pistas, mas, o que pode ser construído nas imediações? As terras foram valorizadas de verdade? Houve, sim, aumento da população e, conseqüentemente, de gastos vultosos especialmente com a saúde e educação.
Impostos e taxas, por muitos anos, tiveram que ser renunciados pelos cofres de Gavião para viabilizar a empresa de interesse nacional e que é valiosa para o desenvolvimento de toda região, mas, como fica o retorno que o Estado de São Paulo teria a obrigação moral de concretizar? Nem a verba prometida para a construção da UBS – Unidade Básica de Saúde- foi liberada até agora.
Interrogação
Outros porquês poderiam ser alinhavados, mas, vamos deixá-los para outra ocasião. Com atraso de uma semana, queremos abraçar os irmãos de Gavião Peixoto e parabenizar o então prefeito Alexandre que soube, quando do lançamento da pedra fundamental, dimensionar o que a Embraer representaria para a cidade. Só que a conjuntura exige um trabalho político de maior relevância, pois, caso contrário tudo ficará mais difícil. E essas dificuldades tendem a ganhar corpo com o passar do tempo porque o pólo aeronáutico continua motivando a chegada de mais famílias.
Assim, não se pode ficar cantando “Parabéns a você” só com o pequeno convênio assinado pela empresa-mãe, numa parceria com a diretoria de cultura municipal. A Embraer, em termos sociais, tem que participar muito mais. Sem esquecer da reciprocidade do governo paulista… (g. polezze)
