O programa Fome Zero do presidente Lula, de caráter assistencial ou promocional, pouco importa no caso, ganha ressonância junto a alguns líderes do PT, especialmente, investidos em funções de prefeito.
A postura de alguns poucos chefes de Executivo, coincidentemente de cidade pequena, é de notável transparência para se entender o reflexo dessa luta humana. Investem horas e mais horas em reuniões e encontros com líderes da comunidade para discutir os planos visando atingir a meta: zero de pessoas com fome.
Nada contra, pelo contrário. Tem o caráter solidário e um componente sério: resgatar a auto-estima de nossos irmãos brasileiros. Aplausos, mas e o tempo gasto em filigranas?
Enquanto alguns podem estar tendo os seus 15 minutos de glória, os problemas da comunidade continuam e a solução tarda, não chega e consegue somar mais desesperados. Por isso, o programa de solidariedade é pertinente. E ficará cada vez mais essencial com o aumento de desempregados e famílias em situação de risco.
O que se pergunta aos poucos agentes políticos, aproveitadores da oportunidade de aparecer, é simples: o tempo, pago regiamente pelos contribuintes, não seria melhor usado para promover a instalação de empresas e apoio às que estão produzindo bens e absorvendo mão-de-obra?
Fome zero, efetivamente, precisa de sucesso. Mas, para atingi-lo tem gente que usa o tema, de largo espectro fraternal, para produzir amplo noticiário. De preferência incensando o seu magistral trabalho de coordenação do programa que se propõe a acabar com o ronco estomacal.