Estupro: alerta aos pais

Roberto Barbieri (*)

Recentemente Percival Puggina manifestou suas ideias em crônica "Alerta aos Pais", levantando prática de muitas escolas, lastreadas na filosofia política de seu corpo docente, visando doutrinar alunos. Na crônica, criticou os professores que adotam meios de doutrinação política, um verdadeiro "estupro de mentes juvenis" já que jovens não possuem meios de se defender de fala ardilosa na cooptação de militantes para a visão de mundo dos doutrinadores de economia, política e história. Enfim defendeu que se os professores querem fazer apologia que o façam com alguém do seu tamanho intelectual para que não se caracterize abuso mental.

Numa análise fria sobre o assunto, encontramos um paradoxo: se o professor for socialista, por exemplo, e o pai do jovem também, ele não vai achar uma afronta e até aplaudirá a suposta educação devida.

Com apoio ou não dos pais, o processo equivocado estará instaurado.

Evidente que para os pais não socialistas a violência mental torna-se aviltante. Puggina colocou como prejudicial, de forma específica, a doutrinação política, econômica e histórica. Esqueceu-se que a doutrinação religiosa é tão perniciosa quanto qualquer outra.

Assim qualquer doutrinação em jovens, opinião "goela abaixo", perceptível ou não, incluindo a religiosa, é uma agressão às mentes em formação que não possuem ainda anticorpos de contestação.

Hoje se briga muito para que escola tenha~ poderes de influenciar a educação religiosa dos jovens, por incrível que pareça com aval irrestrito de muitos pais, não se vê ninguém brigando para que a escola sirva de instrumento de formação de mentes livres, que apresente ao ser humano os valores sociais da filosofia, moral e ética.~~

Esquecem que o papel da escola seria mostrar os caminhos para se chegar ao conhecimento e que é vantajoso aprender a pensar por si próprio.

~ Assim a opção política, religiosa e outros posicionamentos individuais, deveriam ser fruto do amadurecimento, em cima de posições pessoais consistentes, na honestidade intelectual do indivíduo para consigo mesmo.~Tudo isso dá ao indivíduo a compreensão de todos os atributos que podem fazê-lo melhor para si e para os outros, como a filosofia, ética, moral, civismo, cidadania, fraternidade, companheirismo, cooperação, o respeito inclusive o amor ao próximo independentemente de doutrinas e dogmas. Os conhecimentos técnicos e eruditos entrariam na vida de cada um por agregação até de maneira mais fácil.~Porém cada qual acha que a sua própria crença é a melhor e quer que outros a sigam.

~

(*) É administrador de empresas de Minas Gerais rrbarbieri@terra.com.br

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