Epilepsia na infância e adolescência

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Considera-se um quadro de epilepsia duas ou mais crises não provocadas com intervalo maior que 24 horas entre elas ou crises associadas a lesões estruturais causadas por insulto cerebral remoto, como acidentes vasculares, infecção ou trauma ou diagnóstico de uma síndrome epiléptica.

Segundo o neurologista infantil Carlos Takeuchi, vice-presidente do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), o principal sintoma da epilepsia é a crise convulsiva. “As causas podem ser estruturais, genéticas, infecciosas, metabólicas, imunológicas ou desconhecidas. Pode manifestar-se em qualquer idade, no entanto, sem dúvida, é mais preocupante em pacientes mais jovens”, ressalta o médico.

“O tratamento existe para todos os tipos de pacientes, entretanto não quer dizer que haja controle efetivo”, avalia o neurologista, enfatizando que as principais recomendações durante uma crise são manter a calma, proteger o paciente, especialmente a cabeça, para que não bata contra o solo ou outra superfície. “Jamais colocar o dedo na boca de quem está tendo a crise, não fazer ‘respiração boca a boca’, não dar comida ou líquido e chamar socorro imediatamente. E sempre deixar a cabeça lateralizada”, orienta.

Ele diz que, em alguns casos, quando não controlada, a epilepsia pode levar a distúrbio de aprendizado e muitas outras complicações de médio e longo prazo, de acordo com a etiologia. “Há também descrição de morte súbita em epilepsia. A criança não consegue controlar o quadro, por isso é importante tentar ensinar os pacientes a evitar possíveis desencadeantes de crise”, afirma. Como exemplos de fatores desencadeantes, o especialista cita privação de sono, alguns estímulos luminosos e alterações de ciclo circadiano.

O médico destaca, ainda, que, nos adolescentes, deve-se evitar uso de álcool e/ou drogas Ilícitas ou medicamentos. Por fim, Takeuchi lembra que é necessário acompanhamento com neurologista infantil, bem como realizar exames complementares. “Entre estes exames, podemos citar a ressonância e o eletroencefalograma em sono e vigília”, finaliza. (Vérité Comunicação – Assessoria de Imprensa SPSP – e-mail: [email protected])

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