Poucos sabem definir esse profissional, na esteira da realidade 2005.
Não se trata só de um funcionário público dedicado à pesquisa, extensão rural, cooperativismo e professor atuando em cursos de agronomia e afins. Nem somente um vendedor de agroquímicos: adubos e pesticidas.
O perfil desse profissional mudou muito nas últimas décadas e sua presença é notada na agricultura ecológica ou biodinâmica; floricultura sem veneno; recuperação de solos e bacias hidrográficas; licenciamento ambiental de lavouras perigosas como os cultivos venenosos de arroz irrigado, da banana, entre outras; recuperação de fragmentos da Mata Atlântica e de outros ecossistemas perdidos ou mutilados; participante da discussão em rede mundial virtual propondo segurança ambiental pela redução das emissões dos gases do efeito estufa, programas de coleta de água das chuvas, reciclagem de resíduos sólidos, projetos nacionais e regionais de conservação dos recursos hídricos incluindo o aqüífero Guarani que dá excepcional condição à região de Araraquara, recomendando comedimento quanto aos vegetais geneticamente modificados e muita atenção para que não se leve o Brasil à vala comum da agricultura escravizada por um restrito grupo do poder global; desempenha importante trabalho na comunicação em todos os sentidos quando ensina novas alternativas técnicas para a produção de alimentos limpos, saudáveis e sustentáveis, dentre outros trabalhos pertinentes e enriquecedores dos que vêem o mundo sofrer com a resposta da mãe-natureza.
Ótica atual
O Engenheiro Agrônomo da modernidade escreve livros e faz palestras sobre a ética profissional e a segurança alimentar. Quem sabe, por isso mesmo, chegará o dia de consumirmos alimentos limpos, sem veneno.
A população respeita e tem fé nos profissionais da área. Gente de cabeça orgânica e ética.
Rezemos, pois, para que o Engenheiro Agrônomo brasileiro coloque em nossa mesa: água não envenenada, alimentos limpos, verduras sem agrotóxicos, frutas sem pesticidas e vinhos não poluídos. Cabe a nós, os consumidores, a preferência por alimentos orgânicos, os biodinâmicos, os naturais, a fim de estimular a luta dessa categoria profissional.
(Texto baseado em artigo assinado por Gert Roland Fischer, um Engenheiro Agrônomo que estuda as mudanças do clima e recebe o abraço do JA pela liderança enquanto Consultor, Auditor Ambiental, ativista ambiental, membro de entidades ambientalistas do terceiro setor, voluntário e professor de educação ambiental, além de Membro do Conselho Editorial da Revista EcoTerra Brasil – gfischer.joi@terra.com.br.