Araraquara enfrenta um desafio que não pode ser ignorado: os prédios abandonados que pontuam nossa cidade. Compostos por diversos imóveis comerciais e residenciais, essas estruturas representam mais do que simples edificações vazias – são testemunhas de projetos inacabados, de falências comerciais e de desinteresse dos proprietários.
Alguns desses prédios foram deixados ao abandono ainda durante sua construção, enquanto outros foram desocupados por motivos diversos, desde a falência até a espera por uma valorização no mercado imobiliário. Independentemente das razões, o resultado é claro: uma paisagem urbana marcada por estruturas deterioradas, que afetam negativamente a estética e a segurança de nossas ruas.
O problema se agrava quando consideramos os riscos associados a esses espaços desocupados. Portas arrebentadas, janelas abertas e possíveis invasões. Além disso, em meio à epidemia de dengue que assola o país, esses prédios abandonados podem se tornar focos ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, aumentando ainda mais os desafios de saúde pública em nossa comunidade.
É fundamental que as autoridades municipais atentem para essa questão de forma individualizada. Estudar cada situação dos prédios abandonados, identificando possíveis danos estruturais e avaliando sua viabilidade para projetos sociais, é uma medida crucial para revitalizar essas áreas e reintegrá-las à vida urbana.
Na semana passada, nosso colaborador Dr. João Luiz Ultramari trouxe à luz diversas situações de imóveis “abandonados” que poderiam ter um destino social na cidade. Essa iniciativa merece reconhecimento e apoio, e é fundamental que continuemos a debater e agir sobre esse assunto.
Não podemos permitir que prédios abandonados definam a paisagem urbana de Araraquara. É hora de transformar esses espaços ociosos em oportunidades de renovação e crescimento para nossa comunidade. É hora de agir.