A sensação de insegurança permeia as conversas cotidianas em Araraquara, principalmente das donas de casa. “Tenho receio de sair sozinha para o supermercado; só me arrisco acompanhada, sem bolsa ou celular”, relata uma residente. Outro depoimento que ilustra a situação é quando comentam como “Até mesmo para limpar a frente de casa, sinto medo. Já fui abordada por um indivíduo pedindo dinheiro; ao negar, ele se enfureceu e tive de correr para dentro, trancando o portão”.
Como consta o site da Secretária de Segurança do Estado de São Paulo, houve um aumento de 164 casos de violência e de 820 casos de furto, de 2020 a 2023. Janelas não podem mais ser deixadas abertas, portas não oferecem a mesma segurança de antes, e medidas como monitoramento por câmeras, alarmes nos portões e cercas elétricas tornam-se necessárias em nossas residências. Até mesmo uma moto com garupa desperta desconfiança.
A população se questiona: quem é o responsável por essa deterioração? Podemos demandar segurança adequada do município e do estado como contribuintes, mas temos a certeza de que seremos ignorados.
Diante dessa angústia, buscamos respostas que parecem inatingíveis. Enquanto a violência se alastra pela cidade, estado e país, tentamos seguir em frente com apreensão e os cuidados necessários com nossas vidas e de nossos familiares.
