Autoria: Giovani Henrique Peroni
A atitude dos empresários, em conjunto com o Exército Brasileiro e CEAGESP, para doação de alimentos, legumes, verduras e frutas, foi a maior mobilização vista em Araraquara. Enquanto voluntários dedicavam-se em atender aqueles que foram em busca de amenizar a fome, outras pessoas desferiam ataques pelas redes sociais.
Inúmeras fotos foram postadas criticando a quantidade e o tipo dos alimentos, a fim de tentar desconstruir o trabalho do Coronel Mello Araújo ex-comandante da ROTA atualmente no CEAGESP.
Ocorreu até o exagero de ser questionado se esta ação aconteceria semanalmente para a população araraquarense? Estava claro que se tratava de uma ação em atendimento ao pedido do Coronel Prado, semelhante à ocorrida em Aparecida do Norte-SP.
Com gesto de humildade, o agradecimento do Prefeito de Aparecida do Norte, Luiz Carlos de Siqueira (Piriquito) presenteou o Presidente Jair Bolsonaro com uma imagem de Nossa Senhora Aparecida (encontro dia 15 de abril, em São Paulo).
PREFEITO DE ARARAQUARA
Após o evento, em sua live pelo facebook, a fala do Prefeito: "a fome deve ser combatida diariamente pelo Poder Público com ações e programas sociais. Araraquara combate à fome com políticas institucionais atendendo a população que mais precisa”. Ficou gravada na minha memória e ainda ecoa como radicalmente contra a fala do prefeito Piriquito. Mas, como a vida é uma roda-gigante e quem hoje está em cima, noutro momento pode estar embaixo, nesta semana uma família carente de Araraquara se revoltou ao esperar 10 dias a "cesta de hortifruti" oferecida pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de Araraquara. Segundo a família, mamão, ovos, bananas, chuchu e batatas (alguns itens sem condições para consumo foram descartados).
A velocidade do tempo é vertiginosa, quem era pedra passou a ser vidraça, a politização de quem faz, fez ou fará, conduziu à certeza: melhor programa social é aquele que gera empregos. O êxito não glorifica quantas pessoas necessitadas estão incluídas, mas, quantos não estão precisando de auxílios proporcionais.