(Editorial) Análise da eleição 2022

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* Este editorial foi escrito pelo sócio do JA, o engenheiro Marco Polezze, que fez uma análise voltada aos números.

A seguinte análise é baseada somente nos números apresentados pela pesquisa eleitoral do Datafolha.

Foi confirmado que 50% dos eleitores nunca votariam em Bolsonaro. Em contrapartida, Lula teve aprovação de 51%, portanto, somente 1% dos eleitores realmente desejaram votar no Lula.

Por outro lado, 46% dos eleitores nunca votariam no Lula. Portanto, dos 49% dos eleitores que votaram no Bolsonaro, apenas 3% realmente desejaram ele.

Analisando o resultado, temos 51% dos votos para Lula e 49% para Bolsonaro, isto é, Lula teve 1% de votos a favor e Bolsonaro teve 3%.

Os demais votos foram porque o eleitor não votaria no seu adversário. Essa foi a eleição dos piores.

E como os piores conseguem se eleger?

Isso era explicado pelo nosso saudoso Polezze, quando assessorava candidatos em Araraquara, ele sempre dizia “precisa polarizar com o outro candidato”. Com essa técnica, Polezze conseguia assessorar qualquer candidato, até mesmo os piores poderiam ganhar uma eleição usando essa técnica.

Imagine, por exemplo, se um dos dois piores não pudesse ser candidato? Para ganhar do Bolsonaro, o adversário precisaria ter 1% de votos a favor dele – pois 50% dos eleitores já nunca votariam no Bolsonaro, formando 51% necessário para ganhar – como foi o caso do Lula. No caso de Lula sem o Bolsonaro, o adversário precisaria de 5% de votos a favor para ganhar a eleição.

O mais interessante dessa análise é que pode ser provado como os piores podem ser eleitos.

Como diria Polezze: “bingo”.

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