Na entrevista coletiva para anunciar a efetiva e real participação do Banco do Brasil no projeto para revitalização da Rua 9 de Julho, o prefeito Edinho Silva até poderia esnobar o prestígio junto ao Governo Lula. Com entusiasmo contido e humildade dosada, anunciou a participação direta do Banco do Brasil como se fosse um fato normal. Todos sabemos que não é bem assim. Trata-se de amizade construída com o candidato Lula e trabalho duro e persistente para se chegar à vitória que, agora, é compartilhada.
Um calçadão moderno, da Avenida Portugal a José Bonifácio, custando mais de 600 mil e menos de 1 milhão, será pago integralmente pelo BB que ganha o direito de usar espaços gerados no trecho para publicidade institucional. Uma parceria da mais alta qualidade, um pedido atendido com elevado espírito de companheirismo. Uma vitória de Araraquara e, como disse Edinho: “trata-se de obra histórica, um espaço comercial atrelado ao lazer que a população pesquisada aplaude e que, oportunamente, será colocado em discussão com os setores envolvidos”.
O final dos entendimentos administrativos, com indiscutível dose política, registra um valioso canal aberto pelo chefe do Executivo e nos remete, automática e infelizmente, à ausência da Assembléia Legislativa de São Paulo. Dimas Ramalho, o então titular da cadeira da região onde prestou assinalados serviços, não deveria ter saído sem garantir um substituto. Tem feito muita falta.
Por ser óbvio ululante, não se discute o seu direito de postular a cadeira federal: uma vitória enquanto agente político que luta para não ser apenas um dentre os 534 pares. Mas, dói a ausência de um estadual em tempo integral. A região chora essa ausência.
