O projeto “Prefeitura nos Bairros” continua na Vila Xavier. Deixa o Parque Residencial São Paulo e instala-se no Jardim Brasil.
Numa rápida vista d’olhos, focam-se obras superficiais que poderiam ser entendidas como da mais pura perfumaria. Não espelham nada de extraordinário, todas inseridas nas atribuições básicas de um Poder Executivo. Evidentemente, valiosas para quem vive o problema. O buraco na esquina ou o terreno baldio são problemas gravíssimos para quem os vivencia, mas, deveriam ser agasalhados pela rotina de trabalho. Sem estardalhaço, apenas uma conduta prática e obrigatória.
Caso a máquina municipal entendesse deitar atenção permanente para evitar buracos no asfalto, eliminar matagal, fazer limpeza de boca-de-lobo e colocação de grade, troca de lâmpadas, plantio e poda de árvores, distribuição de planta popular, substituição e manutenção de sinais de trânsito, pintura de guias ou visita sanitária, certamente, não precisaria de projeto específico que pode levar a pensar em populismo ultrapassado e que não ilustra mandato eletivo de ninguém.
Prefeitar mais, com menos marketing pessoal ou da máquina situacionista, é o que Edinho Silva pode fazer. Pelo menos, é isso que uma grande parte de Araraquara espera dele.
Política da administração, sem tanta política partidária, evitaria que algumas pessoas tivessem que enfrentar fila, durante a noite toda, em busca de uma ficha de consulta médica. Ou de praças – como a vizinha do JA – que ficam nas trevas e registram a falta de respeito dos governantes.
Isso posto, Excelência, o sucesso do projeto “Prefeitura no Bairro” permite outra leitura: atestado eloqüente de uma administração que falha em sua rotina de trabalho, que deixa de fazer o básico.
