Edifícios sustentáveis são novas apostas das construtoras

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Foto: Francesco Ungaro/Pexels

Segundo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, construções verdes são soluções globais para cidades, comunidades e bairros.

De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês), a construção de edifícios verdes em áreas urbanas é uma das soluções globais para cidades, comunidades e bairros. A organização considera ser necessária uma transição sustentável, rápida e de longo alcance em terra, energia, edifícios, transporte e cidades para atingir metas de redução de carbono.

Conforme o IPCC, edifícios tradicionais representam quase 40% do CO2 global relacionado à energia. Por outro lado, construções verdes têm um papel importante na transformação sustentável, porque reduzem as emissões de carbono e a produção de resíduos. Além disso, promovem a conservação de água, priorizam materiais mais seguros e diminuem a exposição de pessoas a toxinas.

A preocupação com a sustentabilidade é comum entre empreendimentos imobiliários contemporâneos, cada vez mais tocados pelo tema. Uma construtora em SP que aposta em edifícios ecologicamente corretos tende a avançar em seus negócios e no atendimento a um público especializado.

Segundo o US Green Building Council (USGBC), grande parte da construção civil espera que a maioria dos projetos atuais e futuros seja de edifícios verdes. A projeção é de que a criação de espaços urbanos que apoiam a saúde e o bem-estar – assim como a economia e o meio ambiente – seja vital para acelerar o desenvolvimento sustentável e proporcionar um padrão de vida melhor.

Benefícios da construção sustentável

A construção sustentável é lucrativa, rentável, boa para a economia, para a saúde e para o bem-estar. Segundo o USGBC, os dois principais motivos para a construção verde nos Estado Unidos são a demanda dos clientes e construções mais saudáveis. Junto a isso, a entidade aponta que os benefícios econômicos também são uma realidade.

Os edifícios verdes têm custos operacionais mais econômicos e períodos de retorno mais curtos. Além disso, o investimento inicial torna as propriedades mais valiosas. Há, inclusive, um crescimento no número de proprietários de edifícios que veem um aumento de 10% ou mais no valor dos ativos.

Ainda em relação às vantagens econômicas, os custos do dia-a-dia dos edifícios verdes são reduzidos a cada ano. As construções com certificação Leadership in Energy and Environmental Design (Leed) apresentam gastos de manutenção quase 20% mais baixos do que os edifícios comerciais convencionais. O Leed é um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações utilizado em mais de 160 países.

O USGBC descobriu, por meio de uma pesquisa de opinião pública, que quase um terço dos entrevistados tiveram problemas de saúde associados a ambientes ou situações de vida ruins.

Segundo o levantamento, uma vez que as pessoas passam a maior parte do tempo em lugares fechados, os edifícios verdes são opções de espaços mais saudáveis e confortáveis. A pesquisa mostrou ainda que, entre os benefícios da construção verde, estão a pureza do ar e da água e a menor exposição a toxinas.

Construção sustentável no Brasil

O Brasil ocupa o 4º lugar no ranking mundial de construções sustentáveis certificadas pela ferramenta internacional Leed, com mais de 530 projetos, o que representa um total de 16,74 milhões de metros quadrados brutos de área atestada.

Com a migração dos moradores de grandes centros para o interior durante a pandemia, ganhou força o lançamento de empreendimentos em cidades menores que apostam na sustentabilidade.

A busca pelo ecologicamente correto é mais presente em imóveis de alto padrão, contudo, é possível encontrar empreendimentos também destinados à classe média, conforme a Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano (Aelo).

Segundo o presidente da Associação, Caio Portugal, em entrevista à imprensa, “empresas vêm complementando os empreendimentos com itens relacionados à sustentabilidade”. Esses itens incluem energia fotovoltaica para áreas comuns e para dentro das casas e jardim de chuva, que usa o paisagismo para conter as águas da chuva.

(Luiz Affonso Mehl – Analista de Link Building – www.expertamedia.com.br)

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