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Direito de Resposta

Prezado jornalista e colega advogado,

Dr. Geraldo Polezze :

Sob o título, “Teria faltado ética nas eleições dos advogados?”, foi publicada no dia 7 do corrente, matéria no “Jornal de Araraquara” que faz referência às recentes eleições realizadas na 5ª Subseção da OAB de nossa cidade e também sendo nela tecidas algumas considerações sobre minha pessoa.

Em respeito a V.Sa, ao leitor desse prestigiado e democrático jornal e principalmente aos colegas advogados, gostaria que nele fossem publicados alguns esclarecimentos .

Fiquei extremamente lisonjeado quando V.Sa. disse, em edição anterior e naquela, que fui o grande vencedor e que fiz “festa ao candidato ungido, Dr. Jamil Gonçalves do Nascimento”. Contudo, essa superestimação de minha pessoa não só foi exagerada, como também, ao mesmo tempo, subestimou a capacidade, o espírito de luta e o programa de metas dos ilustres componentes da chapa encabeçada pelo Dr. Jamil, e que foram comprovados pelo amplo reconhecimento dos advogados que a elegeram como vencedora.

Além disso, nunca administrei sozinho esta longa gestão de seis anos. Foram meus companheiros de equipe, desde o primeiro momento, os Drs. Luiz Carlos Bedran e Adalberto Alvares, os quais, embora convidados a ser candidatos a presidente, entenderam que a missão a que se propuseram, desde o início, foi cumprida à risca. O mesmo ocorreu com a Dra. Márcia Aparecida Ovelaneda Lia e com o Dr. Eduardo Correa Sampaio. Assim, toda a minha diretoria, na sua integralidade e não somente a minha pessoa, apoiou a chapa encabeçada pelo Dr. Jamil, porque entendemos ter sido a melhor, a mais direcionada para o futuro e que, no momento, representava as várias pretensões dos advogados e advogadas militantes em nossa comarca.

Os “vários telefonemas” que a redação recebeu, que teriam afirmado que “no meio do caminho” a outra candidatura, parecem demonstrar mais um “jus sperneandi” dos derrotados . É natural o inconformismo dos derrotados, faz parte da natureza humana. Sem entrar em mais detalhes que poderiam ser tediosos para o leitor, esclareço que a atual diretoria sempre procurou evitar um racha entre os advogados, que por direito e por uma justa pretensão, pretendiam ser candidatos e para tanto procurou conciliar as várias tendências, representadas por prestigiados advogados e advogadas de nossa cidade.

Política é a arte da conciliação e para colaborar não só com a futura gestão, mas com a classe dos advogados de Araraquara, a diretoria atual tentou fazer composições durante todo o transcorrer ano, mas encontrou um obstáculo irredutível pela frente: a obstinação por parte de outros candidatos em querer manter a todo custo, suas candidaturas e os seus nomes. Assim, quando recebi o programa de metas da chapa Renovação, União e Trabalho e os nomes de seus componentes, jovens, simpáticos e de extrema representatividade em nossa categoria, não tive mais dúvidas e resolvi, junto com a irrestrita aprovação de minha diretoria, apoiar a referida chapa, que, em apenas 30 dias de campanha, conseguiu receber os votos da maioria dos colegas.

Os erros políticos de outras chapas não podem ser creditados ao eventual apoio ou não da diretoria atual. Seria simplório demais, muito embora esta, modéstia à parte, tenha realizado muito em prol da categoria, reconhecida regionalmente e até mesmo pela Seccional paulista.

E com relação ao nome citado de nossa ilustre secretária, Dra. Márcia Aparecidda Ovelaneda Lia, tenho a esclarecer que, embora ela tivesse o justo direito de disputar as eleições, entendeu que, por trabalhar na Prefeitura, sua candidatura poderia ser interpretada como motivada por interesses eleitoreiros e talvez o mesmo tenha ocorrido com o Dr. Weenis Dias Macieira também um ilustre advogado da Prefeitura que sempre colaborou com outras gestões da 5ª Subseção, e que inicialmente fazia parte de outra chapa, e que depois desistiu de seu direito.

Assim, prezado jornalista, se falta de ética houve, o que não acreditamos tenha ocorrido em nenhum momento, não foi de minha parte. Ainda acreditamos na palavra empenhada, no fio de barba do passado, atualmente tão desacreditado.

Nesta oportunidade desejo a V.Sa e aos prezados leitores e colegas advogados e advogadas, um Feliz Natal e um futuro promissor em 2004, para todos nós. Creio que com esta explicação o assunto eleições na OAB tenha sido encerrado definitivamente.

Araraquara, 13 de dezembro de 2003

João Luiz Ribeiro dos Santos

Presidente da 5ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de Araraquara. SP

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