Araraquara, 9 de abril de 2003
Ao Diretor do “Jornal de Araraquara”
Esta Presidência da Associação Paulista de Medicina – Secção Regional de Araraquara tomou conhecimento da reportagem inserida na edição de 6-4-2003, cujo título manchetado à última página foi “É assustadora a reportagem da Revista ISTO É: Muitos (médicos) dos recém-formados não têm condições de tratar mais que uma gripe”.
A redação da matéria, ressalvadas as transcrições, foi fruta da evidente autoria dessa Direção do Jornal de Araraquara em cujo final, subtitulado “REPERCUSSÃO”, dá ensejo ao exercício do Direito de Resposta preconizado pela Lei de Imprensa e, sendo assim, cabe-nos manifestar a respeito do tema em nome da Classe Médica de Araraquara e das demais cidades englobadas em nossa regional nos termos que se seguem:
Em nossa cidade de Araraquara e nas cidades de nossa região não padecemos dos problemas criticados pelo autor da matéria inserida na Revista “Isto É”, edição nº 1.748 de 2-4-2003 às páginas 7, 10 e 11 sob o título “Saúde Comprometida”, Dr. Antonio Carlos Lopes.
Todos os médicos que exercem sua profissão em Araraquara já apresentaram seus comprovantes relativos aos 6 anos do Curso de Medicina e mais 3 a 6 anos de Residência Médica nos Hospitais credenciados de nosso país ou do exterior, a maioria com Títulos de Especialista outorgados pelas Sociedades Médicas das Especialidades.
Há três “portas de entrada” para os médicos em nossa cidade:
a)- Nossa Associação Médica, onde os colegas apresentam seus comprovantes exigidos em estatuto e são entrevistados um a um a respeito de seus planos profissionais.
b)- Através de contratos feitos pelos Planos de Saúde locais que, em moldes idênticos, certamente apreciam a documentação de todos.
c)- Através de concursos ou contratações feitas pela Secretaria Municipal de Saúde, cuja exigibilidade de formação profissional e especializada costuma ser publicada em editais, donde se subentende ser criteriosamente analisada.
Os médicos arrolados nos itens b e c, em sua maioria quase total, pertencem ao nosso quadro associativo nos mesmos moldes de item a.
Há alguns aspectos que foram ventilados pelo autor da matéria da mencionada revista, para cujos esclarecimentos entendemos serem da alçada da APM no âmbito estadual e da Associação Médica Brasileira, às quais estamos remetendo expediente contendo a opinião dessa Presidência e dos membros da Diretoria de Nossa Regional, acreditando que o tema será debatido numa amplitude maior do que a apenas municipal ou regional.
Agradecendo pela publicação, subscrevemos atenciosamente.
Dr. Jorge Hudari Neto
– presidente –