Leane Márcia Leal Vieira (*)
O 9 de dezembro é marcado pelo Dia Nacional da Criança com Deficiência. A data é uma oportunidade para refletirmos sobre a importância da inclusão e do respeito às crianças especiais.
No Brasil, estima-se que existam cerca de 45 milhões de pessoas com deficiência, sendo que 10% delas são crianças e adolescentes. As deficiências podem ser de natureza física, intelectual, sensorial ou múltipla.
As deficiências físicas são aquelas que afetam o movimento ou a estrutura do corpo. Podem ser causadas por doenças genéticas, congênitas ou adquiridas. Algumas das deficiências físicas mais comuns na infância são:
Paralisia cerebral: é uma lesão no cérebro que afeta o controle dos movimentos e da postura;
Deficiências visual e auditiva: podem ser causadas por doenças genéticas, congênitas ou adquiridas.
As deficiências intelectuais são aquelas que afetam o desenvolvimento intelectual e cognitivo. Algumas das mais comuns na infância são:
Síndrome de Down: condição genética que causa atraso no desenvolvimento intelectual e físico;
Autismo: transtorno do desenvolvimento que afeta a comunicação e a interação social;
Deficiência intelectual leve: é um tipo de deficiência intelectual que não interfere significativamente na vida diária da criança.
Os sinais de deficiência infantil podem variar de acordo com o tipo de deficiência. No entanto, alguns sinais comuns incluem atraso no desenvolvimento motor, como a dificuldade de rolar, sentar, engatinhar ou andar; atraso no desenvolvimento da linguagem, como a dificuldade de falar ou entender palavras; dificuldade de interação social, como a rejeição de contato físico ou a dificuldade de brincar com outras crianças
O diagnóstico de deficiência infantil é feito por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e outros profissionais. O diagnóstico é feito a partir da avaliação clínica da criança, da realização de exames complementares e da observação do seu desenvolvimento.
A pediatria é a área da saúde responsável pelo acompanhamento do desenvolvimento infantil. No caso de crianças com deficiência, o pediatra tem um papel fundamental na identificação precoce da deficiência, na orientação dos pais e na coordenação do atendimento multidisciplinar.
A participação dos pais no processo de atendimento a crianças com deficiência é fundamental. O pediatra deve orientar os pais sobre a deficiência da criança, sobre os cuidados necessários e sobre os recursos disponíveis. Os pais devem estar envolvidos em todas as etapas do atendimento, desde a avaliação inicial até a implementação do plano de tratamento.
Que este Dia Nacional da Criança com Deficiência seja uma oportunidade para refletirmos sobre a importância da inclusão e do respeito às crianças com deficiência. É importante lembrar que todas as crianças têm direito a uma infância feliz e saudável, independentemente de suas condições.
(*) (CRM 65610-SP) é médica pediatra graduada pela Universidade Federal do Ceará, com residência médica e mestrado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
(ADCOM – ANGELO DAVANÇO COMUNICAÇÃO)
