O Dia Internacional da Mulher é uma homenagem a episódio trágico: em 1857, mulheres de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque se rebelaram contra suas condições de trabalho. Foi a primeira vez que as mulheres se uniram para reivindicar melhorias. Mas, a rebelião foi contida de forma violenta, culminando com a morte de 129 tecelãs, carbonizadas dentro da fábrica. Em 1910 surgiu a idéia de se criar uma data para homenagear essas operárias e marcar um dia de luta feminina. Em 1975 a Assembléia Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU) decretou o dia 8 de março como Dia Internacional da Mulher.
No Brasil, o direito ao voto só é reconhecido na Constituição de 1934. A primeira governadora é eleita 60 anos depois. De acordo com dados da Fundação Carlos Chagas, no período de 1981 a 1998, o crescimento das mulheres economicamente ativas no país foi de 111%, enquanto que o dos homens foi de 40%. Hoje, a parcela feminina representa 41% da população economicamente ativa, com 30 milhões de mulheres no mercado de trabalho. No setor educacional, a ascensão da mulher revela-se na presença de 57% dentre os estudantes do 2º grau e de ensino superior.
De acordo com a ONU, 25% das brasileiras são vítimas constantes de violência no lar. Em apenas 2% dos casos, o agressor é punido e, em cerca de 70%, esse agressor é o marido ou companheiro.
Nas eleições de 2002 se evidenciou a expressão das mulheres: 51% da população e do eleitorado; 40% da população economicamente ativa; 26% dos chefes de família.
Segundo o Ministério da Previdência Social, existem atualmente 9 milhões de donas-de-casa no Brasil. Até mesmo as cerca de 40 milhões de mulheres que ocupam postos no mercado de trabalho, formal ou informal, acabam desempenhando ou gerenciando atividades domésticas. Ou seja, no mundo contemporâneo ainda cabe ao sexo feminino, majoritariamente, a tarefa de cuidar do lar e da família. Uma força que até poderia ser explosiva, mas, se contém e, antes, pela sensibilidade e amor, cuida, ampara e constrói. Uma parceria, com homens atualizados, inteligentes e da paz. (Agenda de Araraquara à página 15)