Dia do Obstetra é tema do “Canal Direto com a Prefeitura”

A médica falou sobre a missão desempenhada pelo obstetra. “Médico obstetra é aquele especialista que vai acompanhar a mulher desde o momento em que ela traz o exame positivo de gestação. É ele que vai seguir, que vai fazer toda a avaliação de pré-natal, vai oferecer todos os cuidados necessários para que essa gestação, se eventualmente tiver alguma complicação, seja adequadamente assistida. É ele que também detecta os fatores de risco, principalmente para aquelas patologias que são mais comuns como pressão alta, diabetes, alterações da tireóide, eventos que podem cursar com prematuridade, que são as maiores complicações para os bebês, e eventualmente algum sangramento que possa interferir na evolução dessa gestação”, esclareceu.

Ela revelou como a obstetrícia entrou em sua vida. “Costumo dizer que temos alguns amores que aparecem nas nossas vidas e a obstetrícia foi um deles. Eu comecei a me deparar com a obstetrícia no quarto ano da faculdade e desde então me apaixonei. Sabemos que é uma profissão muito gratificante e eu pessoalmente embarquei nessa porque graças a Deus, na maioria das vezes, temos resultados positivos. E ver uma paciente feliz, uma família feliz, saindo da maternidade com seu bebê no colo saudável, para nós não tem melhor prazer”, frisou.

A Dra. Tatiana também falou sobre outro tema relevante que envolve esse tema, que é o parto humanizado. “Parto humanizado na verdade é um parto de acolhimento. Vamos trazer essa paciente, na verdade essa família, pois sabemos que existe um contexto familiar atrás de toda gestante, e vamos oferecer condições adequadas em que ela se sinta à vontade, em que eu tenha privacidade de atendimento para essa paciente. É uma particularização dos casos, uma individualização dos casos. Para isso, a Maternidade Gota de Leite oferece hoje uma estrutura para isso, inclusive uma estrutura multiprofissional para atender essas gestantes. Obviamente temos o pré-natal de alto risco, mas hoje temos um pré-natal de baixo risco em que acolhemos essas gestantes e oferecemos para elas o plano de parto, que é um documento, uma interação com os profissionais que vão recebê-la, que vão assisti-la na maternidade, onde ela documenta e descreve todos os desejos que ela tem, desde posicionamento do parto, se quer algum tipo de intervenção em alguns momentos ou não, e isso é fundamental. Esse plano de parto, na verdade, deve ser feito durante o pré-natal. Eventualmente, o obstetra vai tirando as dúvidas da paciente e ela traz isso pronto para nós. Claro que nós excluímos riscos, tanto para a mãe quanto para o bebê, e conseguimos atender essas solicitações”, mencionou.

Ela citou ainda outros serviços oferecidos pela Maternidade Gota de Leite. “A maternidade conta com quartos individuais que chamamos de PPPs, que envolvem o pré-parto, parto e pós-parto, onde essa gestante tem uma estrutura com bola, chuveiro, banheira, e onde vamos oferecer tudo isso para ela e com os profissionais capacitados, inclusive essa gestante tem o direito do acompanhante, desde sua entrada até a saída com o bebê da maternidade. A presença de doulas também é aceita. Temos um vínculo com as doulas e a maternidade oferece outras coisas também para harmonização e privacidade, como o clampeamento oportuno. O bebê nasceu, vamos aguardar e, após a avaliação do pediatra que comprove que ele está em boas condições, esse bebê vai ser colocado no tórax materno, para aumentar o vínculo. Inclusive nos partos normais, o próprio acompanhante pode fazer esse procedimento, não teria problema nenhum. É muito gostoso vivenciar todo esse preparo e toda essa escolha que ela fez durante todo o pré-natal. Isso é muito fundamental e importante. Outra coisa que fazemos, para pacientes que têm o interesse, que é legal e está descrito em lei, é que a paciente tem direito à cesária, naquelas gestações de pelo menos 39 semanas, mediante a assinatura de um um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, e isso a maternidade também disponibiliza”, pontuou.

Para a médica, humanizar o parto é individualizar. “É trazer essa paciente para perto, é fazer com que todos os seus desejos sejam acolhidos, é o abraço, é o acolhimento, é o fornecimento de estrutura com profissionais para atendê-la e fazer com que ela saia feliz, saia bem, e que o bebê saia saudável”, concluiu.