Jander Ramon
O desemprego na região metropolitana de São Paulo subiu para 20,6% da População Economicamente Ativa (PEA) em março, ante 19,8% em fevereiro e 19,7% em março do ano passado.
Os dados foram divulgados hoje pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos (Dieese) em parceria com a Fundação Seade e apontam para um novo recorde para o mês desde 1985, quando a pesquisa começou a ser produzida.
Conforme a pesquisa, o contingente de desempregados na Grande São Paulo subiu para exatos 2 milhões de pessoas. “O acréscimo de 74 mil pessoas no contingente de desempregados decorreu da eliminação de 94 mil ocupações, atenuada pela saída de 20 mil pessoas da força de trabalho”, informa a pesquisa.
Os técnicos das duas instituições constataram cortes de 87 mil vagas na indústria, 27 mil no setor de serviços e 15 mil no comércio. O impacto desses cortes foi amortizado pela geração de 35 mil postos em serviços domésticos e construção civil.
Rendimentos
Também foi notado nova queda dos rendimentos médios reais dos trabalhadores, referentes ao mês de fevereiro: entre os ocupados, o rendimento médio correspondeu a R$ 953, um valor 3,3% menor do que o verificado em janeiro desse ano; entre os assalariados, o valor médio recebido foi de R$ 1.007, queda de 2,1%. Em comparação a fevereiro do ano passado, a pesquisa registra aumento dos valores, pois, naquele período, o rendimento médio dos ocupados era de R$ 939, enquanto dos assalariados estava em R$ 998.