Marcelo Furtado Júnior(*)
Às 18h47 do dia 21/01/04 (Quarta-feira), dei entrada no Pronto Socorro Municipal Central, pois sentia falta de ar e fortes dores no peito e nos braços. Prontamente o atendente Paulo Roberto da Silva tomou minha pressão arterial e me pediu que aguardasse alguns minutos para que fosse atendido pelo médico plantonista.
Eu estava só na sala e por isso apenas minha ficha colocada na prateleira de atendimento.
Para minha surpresa, o médico e o atendente sumiram, e rapidamente a sala já estava com mais de 5 ou 6 pessoas que, assim como eu, também necessitavam de algum pronto atendimento.
O tempo passava, eu continuava com as dores no peito e nada do médico. Por duas vezes, perguntei no corredor pelo doutor e me pediram que aguardasse.
Exatamente às 19h25 ele apareceu e sem qualquer explicação atendeu um rapaz que havia acabado de entrar na sala com um pequeno corte no braço.
Indignado, levantei-me, peguei minha ficha de atendimento, avisei a recepcionista e saí com a ficha na mão, quando fui alertado de que não podia fazer aquilo; mas, o fiz.
Minha intenção era ir à polícia, mas em virtude do meu mal-estar, mudei de idéia e fui pra casa, onde recebi um santo remédio: atenção e carinho da esposa e dos filhos.
Amigo leitor, eu não sou médico mas o bom senso ensina que a vida dele vale tanto quanto a de todos nós e que por isso mesmo somos todos uma família só.
(*) É Jornalista Profissional (Mtb 37.394) – RG: 9.090.633, munícipe de Araraquara.