A frase, presente na minha dissertação de Mestrado (PUC/SP 2000), tem suscitado reflexões acerca da arte da Dança ao longo da gestão, que teve início em 2001, na cidade de Araraquara.
Quando se tem o produto palpável de uma arte pode-se mensurar, de maneira estatística, sua aceitação ou rejeição. Na Dança, o processo torna-se mais complexo. O que temos antes ou depois do momento que acontece a Dança? Lembrança, registro mental, visual… A dança não existe enquanto não é feita e por isso o processo intelectual é inevitável.
Hoje, é imprescindível o bailarino pensante, o coreógrafo antenado com as coisas do mundo, o intérprete que participa da criação.
A resistência à mudança é natural. Estruturas, aparentemente sólidas, são abaladas, mas a evolução persiste, afinal o mundo é assim…
Desde janeiro de 2001, a Prefeitura do Município de Araraquara tem priorizado a área cultural por compreender o significado da palavra CULTURA como identidade, participação cidadã, direito básico e princípio fundamental da transformação humana solidária. Assim, Araraquara tem se tornado referência cultural nacional em diversas áreas artísticas resgatando sua tradição de berço da Cultura.
Com o III Festival de Dança de Araraquara, este compromisso se reafirma e o conceito de Dança como pensamento se estabelece como pressuposto evolutivo.
Mais uma vez, Araraquara pode participar de novas experiências em que o CORPO se coloca como protagonista do fazer artístico.
Espetáculos, projetos sociais, mesa-redonda, oficinas, lançamento de projeto… Só é necessário muito fôlego!!!!
Gilsamara Moura
(Presidente da FUNDART)