Sarah Coelho Silva (*)
Simplesmente a total dependência já diz, realmente já basta para não ser necessária tantas explicações do alcoólatra
pois ele e todos os seus familiares, os seus cúmplices, estão dessa maneira facilitando a triste progressão da doença também chamada dependência.
dizem que o alcoólatra bebe exageradamente por causa da culpa de uma pessoa da própria família
ou as circunstâncias externas, o culpado coitado do amigo inimigo, alcoólatra também. Ele se torna o culpado.
Sempre as pessoas que convivem com alcoólatras relutam em aceitar, admitir tal situação, pois é realmente tão chocante, tão triste, ver lentamente a decadência de um alcoólatra e sempre em sua idéia vem a questão, porque ele bebe tanto.
E sempre tentando amenizar a tragédia em seu próprio lar.
Sempre arrumando uma desculpa esfarrapada,
porque sabe que fora do lar as situações se tornam até patéticas.
Sempre os familiares descobrem certas estratégias para resolver a questão… (Coitado, seus pais eram tão rígidos, tão severos,)
Sempre tapando o sol com a peneira.
O álcool é uma substância molecular que consegue penetrar no corpo todo, cada trago que se bebe demora para sair.
As células de nosso corpo que aprendem a conviver com o álcool se tornam iguais a peixes numa jarra, quando as águas secam, os peixes pulam, os alcoólatras são assim também sem o álcool. Pulam, olhem as mãos deles
Esta é a altura da dependência instalada física, além da psicológica
Inicialmente o alcoólatra aprendeu que bebendo se sentia bem, agora ele, bebe, para não sentir-se mal.
Pois bebe porque está dependente do álcool.
o resto é justificativa, e estas aceitas permitem pelos seus cúmplices permitem, que um alcoólatra continue bebendo.
e portanto agravando a dependência.
e quem aceita estas afirmações sabe está contribuindo para o aumento progressivo da dependência.
nunca devemos entrar, no jogo do alcoólatra, pois sua total dependência já basta para explicar o beber exagerado do alcoólatra.
(*) É colaboradora do JA.