A Corte de Justiça Internacional decidiu que os Estados Unidos violaram os direitos de 51 mexicanos que aguardam execução no corredor da morte, e ordenou que seus casos fossem revistos. A mais alta instância jurídica das Nações Unidas analisou um processo apresentado pelo México, alegando que 52 mexicanos condenados por homicídio nos EUA não tiveram acesso a ajuda consular.
"Os EUA devem providenciar, pelos meios que acharem melhor, revisão significativa da condenação e da sentença" imposta aos mexicanos, disse o juiz Shi Jiuyong, afirmando que os recursos, em todos os casos menos três, poderiam ser analisados dentro da estrutura normal do Judiciário americano. Já os três réus que já esgotaram todas as apelações deveriam ter direito a um último recurso em caráter excepcional.
Os países não são obrigados a acatar decisões da Corte Internacional, que têm apenas peso político e moral. O governo americano não fez comentários sobre se pretende pôr em prática a sentença de Haia.