Controle da asma na criança e no adolescente

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Foto Ilustrativa: Imagem de prostooleh no Freepik

O objetivo do tratamento de uma doença crônica, como a asma, por exemplo, não é a cura, mas o seu controle, e isso, na maioria das vezes, não é algo fixo, pois a intensidade e a gravidade da asma oscilam ao longo dos meses do ano (para muitos piora na sazonalidade dos vírus respiratórios), bem como ao longo da vida do paciente.

Nessa linha de raciocínio, os médicos tentarão obter o máximo de controle possível da doença, para evitar sequelas e perda de função pulmonar, que pode ser irreversível na vida adulta, com o mínimo de medicamentos possível. “Essa balança pode ser mais difícil de se alcançar em situações de doença de maior gravidade, na qual, provavelmente, o paciente com asma necessitará de mais associações de medicamentos e, eventualmente, de doses maiores desses medicamentos apelidados de ‘controladores’ da asma”, afirma a pneumologista pediátrica Marina Buarque de Almeida, presidente do Departamento de Pneumologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP)

Além do controle medicamentoso, a médica ressalta que existem outros pilares muito importantes, como manter um padrão de vida saudável, com atividades físicas regulares, evitar ao máximo sobrepeso e obesidade, que agravam muito a asma, alimentação saudável, adequado padrão de sono e manter carteira de vacinação em dia. “E para o asmático, isso inclui a vacina contra gripe anual e uma vida social compatível com a faixa etária”, observa.

Ela enfatiza que o controle de doenças coexistentes também é muito importante, em especial o da rinite, que, muitas vezes, é negligenciada. “Sem adequado controle dos sintomas das vias aéreas superiores, fica impossível alcançar um controle adequado da asma. Por isso, muitas vezes o tratamento da rinite vem associado”, comenta, salientando que também deve-se evitar a exposição aos fatores irritantes e aos alérgenos os quais sabidamente o paciente tem alergia. “Muitas vezes são necessárias algumas mudanças e adaptações da casa e, principalmente, do quarto onde o paciente dorme. Evitar mofo, umidade, ponderar o uso de capas antiácaros em colchões e travesseiros, evitar perfumes, cheiros fortes em produtos de higiene pessoal, assim como de produtos de limpeza etc.”, orienta.

Em relação aos medicamentos utilizados, a especialista pontua que no Brasil, há disponível pelo SUS (na Farmácia Popular) os principais pilares do tratamento da asma. Inclusive com medicamentos em dosagens apropriadas para o uso em crianças pequenas. “Diante deste cenário é imperativo que os responsáveis conversem de forma aberta com seus pediatras, para que as crianças e os adolescentes tenham um seguimento adequado da sua doença e alcancem o melhor controle possível, e mantendo uma prática esportiva regular, que é um dos pilares do tratamento da asma”, conclui Marina.

(Vérité Comunicação – Assessoria de Imprensa SPSP) 

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