Dom Joviano, pelo caderno dominical distribuído às igrejas e pelo JA, faz afirmação que fere direito constitucional à liberdade de credo.
Palavra oficial
Dom Joviano, bispo da Diocese de São Carlos, declara que o Padre Valmir Davi de Oliveira abandonou o ministério presbiterial e faz alerta aos cristãos leigos para não participarem de suas celebrações que “são ilícitas e rompem a unidade da Igreja de Cristo”.
Não chegou a sair a “fumaça branca”, como se estivesse anunciando ao mundo a eleição consensual do novo Papa, mas, a maioria que se manifestou sobre esse episódio acredita que as igrejas devem se entender e colocar Cristo como a figura maior. “Nós todos, independentemente de religião, somos filhos de Deus, somos a sua igreja viva que caminha, sempre, em busca da Verdade e da Vida”, disseram.
As pessoas que interagiram pelo e-mail do Jornal de Araraquara, lamentaram que o Padre Valmir, depois de sair da Igreja Católica, Apostólica e Romana tivesse que ser admoestado publicamente.
Esses cristãos fizeram questão de ressaltar o lado constitucional e o respeito que deveria existir entre os que se colocam como representantes do Cristo. “Ao invés do império da fraternidade, diluída numa dose elevada de amor, testemunhamos palavras duras, contundentes. Isso não constrói uma sociedade justa e temente a Deus, o todo- misericordioso”.
Alguns fizeram questão de se lembrar do Papa João XXIII que defendia um só pastor e um só rebanho.
“Diante de tanta violência, da falta de emprego, de desencontros dos mais diversificados esse rebanho teria direito a ouvir e ler palavras doces e amorosas entre os pastores, independente deste ou daquele rótulo”, disseram.
Resposta do Padre Valmir Davi de Oliveira
“Diante de muitos comentários, quero expressar somente que deixei o ministério sacerdotal da IGREJA DIOCESANA DE SÃO CARLOS (Igreja Católica Apostólica Romana) pelos motivos que muitos já sabem. Eu contrai matrimônio com a jovem Catiana Silva e com ela tenho 2 filhos, a Camila e o Valmir Filho. Na instituição mencionada não posso exercer tal ministério, pois rompi com as promessas do celibato. Procurei o Padre Fernando Fraga da Igreja Católica Apostólica Carismática para integrar-me em sua equipe de padres carismáticos pelo fato de já estar conhecendo um pouco seu trabalho. Aceito para fazer parte da equipe, pois em sua igreja os padres podem viver segundo o seu estado natural com opção para o ministério. Quero apenas agradecer a Deus por esta porta aberta na qual posso continuar fazendo render os talentos que Deus me deu além dos carismas. Não tenho nada a falar contra a Igreja Diocesana de São Carlos (Igreja Católica Apostólica Romana), pois não quero cuspir no prato que comi. Só tenho agradecimentos aos Bispos, padres e leigos nos quais deixei muita amizade e estima. Não consigo ser artista como muitos me propuseram encenando algo e vivendo totalmente alheio à verdade. Gostaria de dizer que esta foi e sempre será minha maneira de comportar-me. Espero não ter ofendido ninguém e que aqueles que me conhecem continuem sentindo minha amizade, meu apoio e minha admiração. Nos cenários da igreja segundo o livro “Batista Libanio”, eu rompi com a instituição e o tradicionalismo, mas continuo nos cenários carismáticos, perpétuo e libertador. Posso continuar sendo igreja, eu sou igreja, tu és igreja, nos somos igreja do Senhor. Irmão vem ajudar-me, irmã vem ajudar-me a edificar a Igreja do Senhor! Sem mais me despeço lembrando que Jesus é Paz. Paz e bem a todos”.