Casa SP Afro receberá “Clube de Leitura Ubuntu”

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Atividade está marcada para o dia 25, segunda-feira, às 15h30

A Casa SP Afro Brasil “Oswaldo da Silva – Bogé” (Av. Paulo da Silveira Ferraz, 1195, Vila Xavier) receberá na próxima segunda-feira, 25 de setembro, às 15h30, o “Clube de Leitura Ubuntu”, que abordará o livro “Quando me descobri negra”, de Bianca Santana. A participação é gratuita para o público, com faixa etária a partir dos 14 anos.

O Clube de Leitura Ubuntu é um coletivo que nasceu em março de 2019 no Instituto Federal de São Paulo, câmpus Matão, com o intuito de promover o prazer pela leitura e divulgar as obras de temática e autoria negra, trazendo a pauta étnico-racial para o câmpus e também para a comunidade externa. O clube atua para difundir conhecimento sobre autoras e autores negras e negros, revelando suas narrativas para ampliar as possibilidades de conhecimento no mundo em que vivemos. É composto por docentes, discentes e servidores da unidade. Como tem sido realizado de maneira híbrida, ele mantém parcerias também com a Biblioteca Municipal de Matão, o Projeto Pescar da Citrosuco unidades Matão, Catanduva e Iaras; IFSP Avaré e Campos do Jordão; EE Professor Joaquim Pinto Machado Júnior de Araraquara/SP; Escola Municipalizada Jaceruba em Nova Iguaçu/RJ; Coletivo Mulheres do Ler e Escola Municipalizada José de Anchieta de Queimados/RJ e Universidade de Cornell, nos Estados Unidos.

Contribuindo para a obtenção de plenos direitos e de cidadania, o clube aposta na educação antirracista através das literaturas de autoria negra para trazer vivências, experiências e referenciais que contribuem para expandir a capacidade crítica dos participantes, chamando a atenção para as artimanhas do racismo que reproduz imagens desqualificatórias do legado negro-africano no Brasil e no mundo. Através das atividades do Clube de Leitura Ubuntu, pessoas negras são vistas em sua humanidade. Assim, outros cenários se descortinam e mergulhamos em novas possibilidades de leitura e compreensão de mundo.

A coordenadora de Políticas Étnico-Raciais da Prefeitura de Araraquara, Alessandra Laurindo, valorizou a iniciativa. “É com muita alegria que recebemos o Clube de Leitura Ubuntu na Casa SP Afro, pois é um projeto consolidado e que tem à frente uma grande referência para a literatura negra araraquarense, que é a professora doutora Valquíria Tenório. A proposta de incentivar a leitura de literatura de autoria negra num espaço que promovemos políticas públicas para a população negra cria uma grande expectativa, pois há tempos pensamos em fomentar esse propósito, já que temos uma Afroteca no local. Tenho certeza que essa parceria será um grande sucesso e convido com muito carinho todos que tiverem interesse em conhecer”, comentou.

Thiago Rodrigues, membro da equipe do Centro de Referência Afro “Mestre Jorge” e da Casa SP Afro “Oswaldo da Silva – Bogé”, também destacou a importância da atividade. “Fomentar a leitura de autoras e autores negros também é uma importante forma de promoção da igualdade racial, pois é preciso evidenciar os nossos que produzem literatura. Sabemos que uma das estratégias do racismo é invisibilizar e diminuir tudo que fazemos, nesse sentido, o Clube de Leitura Ubuntu combate o racismo epistêmico, mostrando a potência das obras compromissadas com a luta antirracista produzidas por pessoas negras”, salientou.

A Professora do IFSP campus Matão e doutora em sociologia, Valquíria Tenório, falou sobre o propósito do clube. “Desde 2019, o Clube de Leitura Ubuntu tem buscado ser um espaço de promoção da literatura de autoria negra brasileira e afrodiaspórica, de promoção do hábito de leitura entre jovens e adultos no IFSP Matão e demais parceiros. Firmar essa parceria com a Coordenadoria de Políticas Étnico-Raciais e a Casa SP Afro Brasil, nas pessoas da querida Alessandra Laurindo e Thiago Rodrigues, é um passo muito importante para o Clube de Leitura Ubuntu, unindo forças para a luta antirracista por meio da literatura”, pontuou.

Vale salientar que Ubuntu é uma filosofia africana que tem sido traduzida por “eu sou porque nós somos”, mas a ideia de coletividade deve ser compreendida como a fundamental para a compreensão do conceito. Essa filosofia visa entender e buscar a humanidade no outro, entender que somos e existimos a partir das experiências e existências de tantos outros, ou seja, o mesmo tem em seu cerne a humanização, mas também das relações no mundo em que fazemos parte. Foram os discentes do projeto que escolheram esse nome.

As ações do Clube de Leitura Ubuntu estão pautadas em quatro frentes: roda de conversa sobre os livros indicados; encontro de leitura colaborativa; Sarau Ubuntu e encontro bilíngue. Também se trabalha na construção de um pequeno acervo de literatura negra a partir da doação de livros vindos da comunidade ou adquiridos pela equipe do projeto.

A atividade é organizada pelo Instituto Federal de São Paulo (Campus Matão) e Núcleo de Estudos Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI), com apoio da Prefeitura de Araraquara, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Participação Popular e Coordenadoria de Políticas Étnico-Raciais.

As inscrições podem ser feitas pelo link: https://forms.gle/efk3etMepFWFPdeo9

(Secretaria de Comunicação – Prefeitura de Araraquara)

 

 

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