Ao se encerrar a safra 2002/03 os números atestam que houve crescimento da produção de açúcar e álcool. A surpresa, no entanto, não veio dos canaviais ou das usinas, mas, do elevado consumo. Por isso, com procura maior, o mercado se desequilibra e o consumidor paga o pato porque os agentes econômicos aproveitam da discutível escassez.
Isso posto, representa um grito de liberdade para o consumidor o veículo que a VW anuncia para este semestre. O motor vai aceitar qualquer índice de mistura ou, sozinho, gasolina e álcool de acordo com a vontade do freguês.
Espera-se que a lei da procura e oferta (por causa da ausência total de política séria para o segmento), consiga ditar, como secularmente ocorre, o equilíbrio para que os consumidores possam pagar menos pelo precioso líqüido “originado da cana brasileira que os usineiros pagam em real e que não tem nada a ver com a guerra que baliza, mercurialmente, o preço do barril de petróleo”, afirma analista do JA que está cansado de acompanhar a luta dos usineiros que, há pouco tempo, vendiam o litro a 40 centavos que, neste momento, chega a R$ 1,50 nos postos de bandeira das distribuidoras. Nos postos que adquirem o produto por debaixo do pano, sem pagamento de impostos, o litro é vendido a 1,20. Mas, a qualidade do produto vendido pelos chamados postos de “Bandeira Branca” só Deus sabe. Por causa dessa ocorrência existe, inclusive, posto negando-se a comercializar álcool.
Viva o Bi
A decisão para montar veículo bicombustível, que vai resgatar a prevalência do consumidor, foi anunciada ao presidente Lula que visita a fábrica de São Bernardo, no próximo dia 24, para as festividades dos 50 anos da Volks no Brasil.