Marcelo Rehder
A carga tributária sobre os salários teve aumento médio de 6% no ano passado, de acordo com estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). O estudo indica que os descontos do Imposto de Renda (IR) e da contribuição para a Previdência Social representaram, em média, 19,89% do salário dos empregados. Em 2002, essa mordida correspondia a 18,76%.
O estudo também mostra que a carga total sobre os salários chega a 42,15%, considerando os tributos arcados pelo empregador (Previdência, FGTS e Sistema S, entre outros). É a segunda maior carga sobre salários no mundo. De acordo com levantamento apresentado pelo IBPT, o Brasil fica atrás só da Dinamarca (43,1%). Em 2003, a parcela das empresas ficou estável em 32,98%.
Segundo o estudo, o aumento na carga paga pelos trabalhadores deve-se principalmente à não correção da tabela progressiva do IR com base na inflação de 2002, que ficou em 12 53%, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, o teto máximo de contribuição à Previdência Social foi elevado de R$ 1.561,56 para R$ 1.869,34, a partir de junho do ano passado, o que ampliou a base de cálculo.