Caos climático e urbanístico

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Da Redação

O que as mortes e destruição pelas chuvas dos últimos dias nos mostram? Que estamos aquém no cuidado necessário para ocupação correta do espaço urbano.

A morte de toda uma família deu-se numa baixada de ligação entre o centro da cidade e saída para rodovia, passando por shopping, universidades e empresas várias. Uma área, há pouco tempo, coberta por mata.

Hoje, vemos algum resquício de mata, mas várias construções ao redor. São condomínios de casas, edifícios, grandes comércios… tudo ocupando o que antes permitia a absorção de água pelo solo. Antes, mas não mais.

Por que a via expressa inunda? Igualmente, pelo mesmo descaso de promover impermeabilização do solo urbano. Vamos criando nossas próprias inundações, o que se agrava pelas mudanças climáticas.

Que devemos enfrentar cada vez mais eventos climáticos extremos, isso é certo e falado em voz alta por cientistas faz anos. Nevasca e frio extremo num ponto do mundo; calor matando pessoas em outro; seca em parte do planeta; chuvas, tempestades e inundações em outras…

Como se preparar para este futuro de extremos – que, na verdade, já chegou -, e, assim, poupando nossa própria vida? Não, infelizmente, não existe mágica.

A necessidade que se impõe é a de ocupar com mais critérios técnicos o espaço urbano. Devemos, também, manter ou recriar espaços verdes para absorção de água. Isso é urgente.

O caos que temos visto, ainda, serve a outro alerta: qual o fim a ser dado para área central de trilhos ferroviários de Araraquara? Sim, porque parece muito óbvio que a cidade não pode deixar-se levar pela gana de especulação. Deve, sim, o mais rapidamente, implantar um parque e com muitas árvores.

Por que árvores? Simplesmente, porque as suas raízes permitem absorção de água no solo, minimizando as inundações cada vez mais frequentes.

Que mudemos, todos. Com olhos na sustentabilidade vital a nossa sobrevivência; exigindo-se o mesmo compromisso do poder público. Sim, estamos em emergência climática e precisamos nos adequar com rapidez.

Então, um último desejo: um 2023 mais verde para todos nós.

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