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BRASIL INVERTE NÚMEROS ENTRE NASCIDO E MORTO

TEXTO: TENENTE DIRCEU CARDOSO GONÇALVES

A elevação do número de mortes, em parte alavancada pela Covid-19, conduz Brasil a uma situação inédita. Poderemos fechar 2021 com mais mortos do que nascidos. Segundo registros (https://transparencia.registrocivil.org.br/registros), reúne as anotações dos cartórios de todo o país, em 2019, ano anterior à pandemia, nasceram 2.779.572 e morreram 1.265.752 brasileiros (óbitos representaram 45,5% dos nascimentos). Em 2020, com coronavírus, os nascidos 2.611.476 e mortos 1.454.612 (55,7%). Nesses primeiros meses de 2021, nasceram 664.597 e morreram 457.161 (68,7%). Os primeiros dias de abril, pesquisados em 07/04, indicam 23.141 nascimentos e 22.810 óbitos (98,5%).

Essa aproximação entre nascimento e morte é preocupação nacional. Tradicionais previsões sobre o envelhecimento, mudanças de hábitos e evolução populacional previam que nosso país chegaria ao empate entre esses dois indicadores por volta de 2050. Seria resultado do menor número de filhos por casal e da evolução dos tratamentos de saúde que levarão um maior número de indivíduos a idades mais avançados. Essas variáveis já preocupavam os estudiosos e levaram à formulação de políticas para se aplicar ao longo dos anos com o objetivo de diminuir os impactos da redução dos jovens e aumento dos idosos, normalmente aposentados, inativos profissionalmente e carentes de cuidados.

A ELEVAÇÃO DA CURVA

Óbitos potencializados pela pandemia são inusitados. Mesmo não tendo obtido sucesso com lockdowns e quarentenas, operadores de saúde e governantes defendem decretar o isolamento da população. A proposta principal é fechar tudo e usar mão de ferro para a população obedecer por pelo menos um mês, a fim de cortar a contaminação. Seria um lockdown nacional. Mas há quem se preocupe com as repercussões econômicas e até a possibilidade de convulsão social porque, nesse esquema, os vulneráveis poderão passar fome e partirem para saques. O quadro é preocupante e devemos atuar unidos em busca de soluções.

(*) É dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo). aspomilpm@terra.com.br

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