Os carros bi-combustíveis dão novo alento à região, exímia produtora de cana-de-açúcar. A crise do petróleo, reeditando preços da década canhestra de 1970 (o companheiro-articulista Delfim Netto não gosta nem de lembrá-la), valoriza sobremaneira nosso produto. O preço internacional na estratosfera leva o pessoal da “nossa” Petrobrás a pensar em aumento. Prospectamos aqui quase 100% do que usamos e ainda oferecemos como aditivo verde, o álcool. Mas, mesmo assim, falam em aumento por causa de uma crise rotineira dos países exportadores de petróleo que têm uma entidade bem sensível. Coisa que não dá para entender, ainda mais que nossa mão-de-obra é paga em reais…
Com isso, na contramão, nossas autoridades lutam para acabar com o incêndio nos canaviais trocando a fuligem por máquinas que colhem dentro dos padrões ambientais, mas, desempregam milhares de trabalhadores.
Por que não lutar pelo fim das chamas incorretas e adoção do corte manual da cana, pagando melhor aos operários do facão?
Cada máquina deixa pelo menos 60 famílias na rua da amargura (Bom dia, presidente dos trabalhadores rurais, Elio Neves).
Vamos esperar que, diante da situação internacional e aumento da demanda brasileira, os nossos usineiros felizes não aumentem o preço do álcool hidratado.
Como diria um espetacular comentarista: uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, certo?