Boa Esperança garante atendimento de primeira

A notícia sobre suposto fechamento da Santa Casa, nesta semana, levou o JA a entrevistar o Diretor Municipal de Saúde de Boa Esperança do Sul, o médico araraquarense Álvaro Antônio Baracat, a fim de dirimir dúvidas e garantir a tranqüilidade da população. Afinal, na hora incerta é interessante ter o lugar certo para reconquistar a forma física. É questão de qualidade de vida que interessa à região como um todo.

Em longa e proveitosa conversa com o médico, de reconhecida capacidade, a reportagem mostra o termômetro do atendimento à população boaesperancense que permite, inclusive, diminuir a procura ao hospital de referência que é a Santa Casa de Misericórdia de Araraquara.

O inteiro teor da resposta tranqüilizadora é do aludido médico-administrador.

Postos de Saúde

Boa Esperança, com uma população de 12.573 habitantes segundo o último censo, possui três Unidades Básicas de Saúde que atendem as especialidades de ginecologia, obstetrícia, pediatria e clínica geral. Numa dessas unidades é oferecida a neurologia. Possuímos ainda médicos que atendem as especialidades de otorrinolaringologia, oftalmologia e estamos iniciando o atendimento na área de ortopedia.

Serviços paramédicos

O município conta, também, com serviços médicos subsidiários de fisioterapia, fonoaudiologia, oftalmologia e psicologia e, se compararmos com outras cidades próximas ou similares, dificilmente vamos ter um aparato médico e paramédico que se assemelhe com o de Boa Esperança do Sul. Os Postos de Saúde estão regularmente abastecidos de medicação de uso comum e padronizada e dificilmente ocorre a falta. Em caso de necessidade de algum medicamento de uso específico o pedido é encaminhado ao serviço social que, através da Prefeitura Municipal, providencia imediatamente a aquisição. Com isso, os gastos da Prefeitura na área da saúde são substanciais.

Exames

Temos, ainda, outros serviços que funcionam a contento, dentre eles destaco o laboratório de análises clínicas que realiza exames fundamentais, com cerca de 2 mil exames por mês. São realizados outros exames, no caso de ultrassonografia geral com mais de 100 mensais, endoscopia digestiva com cerca de 22 exames por mês, e ainda temos o setor de radiologia simples, sendo que todos esses serviços estão em pleno funcionamento. Somente para uma ou outra especialidade, que não dispomos em Boa Esperança, é encaminhado o paciente para outros municípios. No mais eu diria que cerca de 90% dos casos são resolvidos na própria cidade.

Virose

Quanto ao aumento do atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, efetivamente, tivemos alguns problemas devido ao grande aumento da demanda em razão de um surto de virose que está acometendo nossa população, porém, isto é passageiro e os nossos postos de saúde têm total condições para atender toda a população.

Santa Casa

A Prefeitura de Boa Esperança mantém o Pronto Socorro Municipal que funciona junto às instalações da Santa Casa de Misericórdia “São Vicente de Paulo” (entidade privada) cujas despesas, como pagamento de plantões médicos, funcionários e serviços de manutenção do PS, são totalmente custeadas pela Prefeitura. Para se ter uma idéia da verba disponibilizada, somente com os plantões médicos a Prefeitura gasta uma média mensal de R$ 14.000,00.

Convém salientar que as despesas de combustível e manutenção das ambulâncias da Santa Casa, bem como os respectivos motoristas, são também custeados pela Prefeitura Municipal.

Dinheiro ao dispor da Santa Casa

A Prefeitura estará concedendo, este ano, à Santa Casa uma subvenção financeira, no valor de R$ 180.000,00. Vale acrescentar que conseguimos recentemente através da Divisão Regional de Saúde, com a interferência do Prefeito Municipal, um aumento do teto de remuneração do SUS para a Santa Casa em mais R$ 2.000,00. É óbvio que esse assunto não é de nossa responsabilidade, mas, estamos fazendo todos os esforços para ajudar a Santa Casa porque significa estar ajudando a nossa gente.

Sucateamento

A nossa Santa Casa, há longo tempo, vinha num processo crônico de sucateamento no centro cirúrgico e serviço de anestesiologia. Funcionando em estado precário, pois os aparelhos estavam com muitos anos de uso.

Após gestões da Prefeitura foi conseguida uma verba federal que, complementada com recursos municipais, serviu para adquirir modernos equipamentos que, além de servirem ao Pronto Socorro, através de convênio foram cedidos ao Centro Cirúrgico e a outros setores da Santa Casa.

Entre esses equipamento podemos destacar um Laringoscópio infantil/adulto, Monitor cardíaco, Sistema de cardioversão, Oxímetro de pulso portátil, Respirador neonatal, pediátrico e adulto, Autoclave 25 litros, Colposcópio, Monitor fetal cardiotocógrafo, Eletrocardiógrafo digital, Carro para emergência, Aparelho de Anestesia, Microscópio binocular, Estetoscópio pediátrico, kit de glicemia e Aparelhos de pressão de coluna de mercúrio completo, equipamentos estes que custaram mais ou menos R$. 77.000,00.

É bom afirmar que a Prefeitura Municipal, no próximo ano, continuará a ajudar financeiramente a Santa Casa a fim de que os problemas possam ser resolvidos. Tudo isso para dar melhor qualidade ao atendimento da nossa população.

Tranqüilidade

A entrevista concedida pelo Dr. Baracat mostra a responsabilidade dos agentes políticos no que tange à qualidade de vida da população e, por outro lado, o cofre público municipal cada vez mais exigido.

Há que se ressaltar, ainda, por ser pertinente e uma situação vivida por todos os hospitais brasileiros: as casas de saúde, devidamente conveniadas pela Rede SUS, recebem uma pequena quantia para garantir procedimentos de extrema competência pois, afinal, trata-se de atender ao direito do cidadão em seu bem maior: a saúde.

Um problema nacional que, ao longo do tempo, tem se arrastado e encontra mais barreira no déficit previdenciário.

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