Luís Zanini (*)
Marcelo barbieri criticou o ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes, e o atual, Pedro Malan, por não terem atendido a solicitação para depor na CPI do Banespa durante a reunião que o parlamentar pediu vistas do relatório final dos trabalhos.
A grande lacuna deixada pela CPI foi não ter ouvido os depoimentos de Malan, que era presidente do banco Central em 1994 quando houve a intervenção no Banespa, e de Ciro Gomes que era o ministro da Fazenda.
O parlamentar considerou que tanto Ciro como Malan se acovadaram quando não depuseram como testemunhas na CPI. “Eles têm muitas informações sobre o processo de intervenção no Banespa e gostaria de ter feito perguntas aos dois para aprofundar as investigações”, disse Barbieri.
Nas duas oportunidades em que foi marcada reunião para ouvi-los, eles não compareceram. “Alegaram agenda cheia, foram enrolando e agora vão responder algumas perguntas por escrito, o que é bem mais superficial que as respostas pessoais”, afirma.
O relatório final da CPI propôs o indiciamento, por improbidade administrativa, de ex-funcionários do Banco Central, entre eles, o ex-presidente Gustavo Loyola e os ex-diretores Alkimar Moura e Cláudio Mauch.
A comissão também pede ao Ministério Público o indiciamento dos diretores do Banco Fator e do consórcio Booz Allen, que fizeram a avaliação do preço mínimo do Banespa.
Com quase 400 páginas, o relatório final da CPI é resultado de uma investigação que durou mais de 10 meses.
(*)É jornalista-assessor.