A auto-suficiência na produção de petróleo não deve garantir a redução de preços para o consumidor. De acordo com o presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, a lógica dos preços aplicados não tem a ver com auto-suficiência na produção. Dutra diz que auto-suficiência é uma vantagem para o país, pois diminui o déficit comercial, mas a política de preços adotada no país, é coerente com o regime de mercado aberto.
Na prática, diz o dirigente, só haverá preço abaixo em países onde a cotação seja subsidiada e não exista mercado aberto, o que não é o caso brasileiro.
Ao apresentar hoje o Plano Estratégico da companhia para os próximos seis anos à Câmara dos Deputados, Dutra esclareceu que a política de preços adotada pela estatal segue as diretrizes de preços do mercado internacional e essa realidade não deve mudar, mesmo depois de a empresa atingir a auto-suficiência de óleo, prevista para 2006.
Dutra informou que a Petrobras deve investir internamente nos próximos seis anos, cerca de US$ 46,1 bilhões. Mais da metade desse valor será aplicado no Rio de Janeiro. Segundo o presidente da Petrobrás o plano de negócios da companhia demandará até 200 mil empregos diretos e indiretos no período de 2004-2010.