Um empresário, com enfoque político. Valeu a experiência de vereador e de observador constante dos fatos sociais.
Aroldo é um empresário de Américo brasiliense que, há muitos anos, trabalha na venda de combustíveis. Nascido e criado nesta cidade, seu primeiro emprego foi na Usina Santa Cruz: buscava amostras de água, açúcar e melado para analise em laboratório. Depois foi trabalhar num escritório que tinha uma bomba de gasolina. Atuou também na pesagem dos caminhões de cana, na “balança”. Também batalhou no almoxarifado, era uma espécie de faz tudo tendo passado por várias áreas da usina.
Algum tempo depois, seu tio Antonio Pavan o convidou para trabalhar no Posto de Gasolina, na cidade. Na época, era uma sociedade com o irmão Mario Pavan. Com seu passamento, Antonio Pavan se viu sozinho e pediu ajuda do sobrinho Aroldo que permaneceu por um período extenso naquele posto. Em seguida, veio Valdir Pavan, filho do Antonio. Com o tempo, Aroldo foi agregado à sociedade tornando-se um sócio daquele posto.
Ele passou, também, uns 7 anos em São Paulo retornando e até 2002 trabalhou na empresa ameriliense.
Vôo solo
Aroldo, a partir de 2002, decidiu montar sozinho um posto de gasolina: o Asa Delta. Colocou suas idéias em prática e graças a Deus vai muito bem afirmando que o diferencial é o atendimento carinhoso e prestativo. Além da loja de conveniência que vai passar por ampliação brevemente.
Vida política
A vida política do Aroldo foi iniciada na segunda legislatura, na gestão do sr. Benedito Nicolau de Marino. Foi candidato a vereador, aos 18 anos. Provavelmente o vereador mais jovem do Brasil. Na gestão do sr. Tércio Della Rovere (3ª Legislatura), foi reeleito e posteriormente quando seu Antonio Pavan foi escolhido prefeito pela segunda vez, Aroldo foi novamente vereador. Foi nessa época que seu tio Novenio Pavan convidou-o para ir para São Paulo trabalhar na empresa Ferrolene de sua propriedade, onde permaneceu por 7 anos até retornar ao posto de gasolina quando rompeu a sociedade e decidiu montar seu próprio negócio.
Ideal de servir
sem remuneração
Aroldo diz que antigamente “tínhamos muitos ideais e trabalhávamos para o povo. Tudo era feito com amor, ninguém tirava vantagens pessoais do cargo. Era pensado sempre numa forma de se fazer o melhor para o povo. Não tínhamos salário. Somente o presidente da Câmara tinha uma verba de representação e era sua obrigação prestar conta. Se os vereadores precisassem viajar para outra cidade ou capital tinham que arcar com as despesas, não havia verba destinada para esse fim. A partir da 3ª Legislatura, quando os vereadores começaram a receber o salário, parece que o amor diminuiu e hoje pode-se ver uma briga acirrada pela vaga. Sou levado a acreditar que também o salário influencia essa disputa.
Espero estar errado, mas, parece que o amor pela cidade e os ideais ficaram em segundo plano. O que vemos hoje é uma pouca vergonha. Os vereadores não conseguem enxergar os problemas e quando nós, os cidadãos comuns, tentamos alertá-los, eles nada fazem. Alguns acredito que nem sabem ao certo quais sãos as suas funções e obrigações. E não digo isso só em nível municipal, mas, de Brasil. Este país está sem governo e sem rumo. Temos que nos trancafiar em casa porque somos assaltados tanto à mão armada quanto moralmente. Quando vemos pela TV toda essa corrupção, esse assalto com relação a impostos onde cada vez pagamos mais e cada vez vemos menos o seu retorno, ficamos preocupados”, diz Aroldo Bombo desabafando ao confrontar a realidade de ontem e hoje.
Presença
Aroldo está sempre presente na administração, e os filhos também. Esse, é o ponto forte do sucesso ao atender bem, dar ao cliente a devida atenção e a personalização desejada. Comenta que herdou dos pais uma simplicidade e um foco de igualdade. Por isso trata a todos sem distinção de cor, credo, ou situação financeira. Isso faz a diferença.
Para o pessoal do Posto Asa Delta não importa se o cliente abastece o carro com R$5 ou R$100, a atenção é a mesma.
“Gosto do que faço e tudo o que se faz com amor, sai bem feito. Isso procuro passar aos meus filhos”, confessa Aroldo.
Para o analista Juan, “com esse tipo de administração se obtém um lucro indireto que é o de conhecer os anseios, expectativas de cada cliente”.
Qualidade
O que também é primordial nesse negocio, diz Aroldo, é não aceitar produtos adulterados. “Sempre trabalhei com produtos diretos da companhia. Por isso, aconselho: quando encontrar um produto com preço muito abaixo do mercado faça uma média por quilometragem e vai perceber que o produto do Asa Delta vai ter um rendimento maior. E sem contar o estrago provocado no motor… Aqui no posto estamos trabalhando de acordo com as normas do governo. Cada bomba tem ao lado o aparelho para que o cliente possa ver a qualidade do combustível que está adquirindo, das 6 às 22 horas. Aqui, todos são atendidos prontamente e isso se chama RESPEITO AO CLIENTE”.
O prêmio pela
meta atingida
Uma viagem de navio pela Europa por ter alcançado a meta de venda que a companhia havia determinado. “Fomos para Veneza, Turquia, Ilhas Gregas… porque a empresa foi eficiente. Temos todos os dias que matar um leão. Agora com o funcionamento da Furp acredito que vamos melhorar ainda mais. Finalizando, agradeço a todos os clientes que sempre estiveram comigo. Estou aqui ao inteiro dispor para quaisquer problemas ou reclamações. Acredite que você terá sempre um ombro amigo pra te ouvir. E uma certeza: a honestidade continuará norteando minha vida e meus negócios”, afirma o empresário Aroldo Bombo à reportagem do Jornal de Américo, um projeto que se torna conhecido e respeitado a cada edição. Exatamente pela razão dessa luta impressa: o leitor.