Análise Cinematográfica

Luigi Polezze

“O Pálido Olho Azul”

Lançado em dezembro de 2022 na Netflix, classificado para 16 anos, é ambientado na Academia Militar de West Point, em Nova York, durante o inverno de 1830. O filme retrata uma atmosfera sombria e gótica, com paisagens cinzentas e geladas que refletem o tom melancólico e misterioso da narrativa. A produção se destaca pela recriação histórica detalhada, combinando os exteriores frios e enevoados da academia com interiores amarelados e decadentes, criando um ambiente visualmente deslumbrante e ao mesmo tempo opressivo, que complementa o clima de suspense e ocultismo presente na trama.

“O Pálido Olho Azul” é um filme que, apesar de seu potencial e do elenco talentoso, não consegue alcançar plenamente suas ambições. A trama, adaptada do romance de Louis Bayard, começa com força, mas perde impacto ao longo do desenvolvimento, com conveniências narrativas que enfraquecem o suspense e a profundidade dos personagens. O filme oscila entre gêneros sem conseguir se firmar em nenhum, resultando em uma narrativa que carece de tensão e coesão.

A direção de Scott Cooper, embora competente em termos de atmosfera e visual, não consegue disfarçar as fraquezas do roteiro. Christian Bale entrega uma performance sólida, mas não memorável, enquanto Harry Melling se destaca como Edgar Allan Poe, trazendo intensidade e complexidade ao seu papel. No entanto, o restante do elenco, oferece atuações desapontadoras.

Em resumo, “O Pálido Olho Azul” é uma produção visualmente impressionante, mas narrativa e emocionalmente rasa tendo em vista o elenco e o potencial em sua história diante da obra adaptada, que acaba sendo mais um entretenimento passageiro do que um thriller memorável. Nota 6/10.

Foto: Internet

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