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Amigas para o que der e vier

Rosa Godoy (*)

“Estudos que acabam de ser publicados por universidades americanas revelam que a amizade entre mulheres é alguma coisa verdadeiramente especial. Descobriu-se que as amigas contribuem para dar identidade e modelar o futuro. Constituem uma força diante de um mundo cheio de tormentas e obstáculos. Ajudam a preencher os vazios emocionais das relações maritais e a recordar quem se é realmente. Segundo os cientistas, há evidências de que ter amigas ajuda as mulheres a prevenir o stress que ocasiona úlceras gástricas e outros problemas de saúde. Depois de 50 anos de investigações, chegaram à conclusão de que há substâncias químicas que são produzidas pela córtex cerebral que ajudam a criar e sustentar laços de amizade entre as mulheres. Os investigadores, homens em sua maioria, estão surpreendidos com os resultados dos estudos. Até que fossem publicados os dados desta investigação, existia a crença de que quando as pessoas estão sujeitas a uma tensão nervosa extrema, reagem produzindo hormônios que geram uma reação que as leva a brigar ou agredir antes que possam se dar conta de que estão agindo desta maneira. A doutora Laura Cousin Klein, uma das autoras do estudo mencionado, diz que estes verdadeiros detonadores de hormônios constituem mecanismos de sobrevivência tão antigos quanto a própria humanidade. Tratam-se de provocadores de comportamentos que remontam à época em que os seres humanos eram nômades e que a sua principal atividade era a caça. O que foi descoberto é que não existem somente mecanismos de resposta que geram brigas, lutas ou agressões. Aparentemente, quando é liberado o hormônio oxitocina, como parte da reação das mulheres ao stress, elas sentem a necessidade de proteger seus filhos e de agrupar-se com outras mulheres. Quando isto ocorre, produzem uma quantidade maior de oxitocina que diminui o stress severo e produz efeito calmante. Estas reações, tipicamente femininas, não são apresentadas pelos homens, porque a testosterona produzida por eles em altas quantidades tende a neutralizar os efeitos da oxitocina, enquanto os estrógenos femininos aumentam a produção desse hormônio.

Outro estudo demonstrou que os laços afetivos que existem entre as mulheres que são amigas reais e leais contribui para reduzir os riscos de várias enfermidades, ao baixar a pressão arterial e o colesterol. Acredita-se que esta possa ser uma das razões pelas quais as mulheres vivem mais que os homens. De outro lado, as mulheres que não estabelecem relações profundas de amizade com outras mulheres não mostram os mesmos resultados em sua saúde. Isso significa que ter amigos ajuda não somente a viver, mas a viver melhor. Uma pesquisa da Faculdade de Medicina de Harvard, indica que quanto mais amigas tenha uma mulher, mais aumenta sua probabilidade de chegar à velhice sem problemas físicos de incapacidade. Por extensão, pode-se crer que não contar com amigos por perto é tão danoso para a saúde como a obesidade, o tabagismo ou o sedentarismo. Também foi estudado como as mulheres superam situações graves como a morte do cônjuge e foi descoberto que aquelas que podem confiar em amigas reagem sem enfermidades graves e se recuperam em um tempo menor que as que não têm em quem confiar. Disso tudo se conclui que mulheres amigas constituem uma fonte recíproca de fortaleza e saúde.

A descoberta de que as mulheres respondem de maneira diferente dos homens provocou reações sarcásticas entre os membros do laboratório onde se realizavam as investigações, como era de se esperar, porque sempre foram tidas como fleumáticas e emocionais.”

Todo o exposto recebi pela Internet, sem fonte e de autor desconhecido. Sinceramente, não sei se o resultado das pesquisas mencionadas pode ser cientificamente comprovado, porém, na minha vida e na de muitas mulheres que conheço, todos os resultados práticos são facilmente comprovados e acrescidos de muitos outros semelhantes. Em síntese: ter amigas é fundamental para a vida, especialmente diante do compromisso de ser feliz. Concordo inteiramente também com o comentário final pois os homens, de uma maneira geral (as exceções existem para confirmar a regra), desqualificam as relações entre as mulheres e as vêem como ameaça, pois a fraternidade feminina (comprometida, respeitosa, para o que der e vier) é vista como cumplicidade no posicionamento em relação a eles.

(*) É enfermeira e colaboradora do JA.

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