A Brasil FM em parceria com o SESC Araraquara, apresenta neste sábado (29), às 20 horas, no Projeto “Brasil de Todos os Tempos” ADEMILDE FONSECA a cantora potiguar e a fixadora de uma das modalidades de maior aceitação de nossa música popular: o chorinho com letra.
A cantora é, talvez, para a contrariedade de alguns puristas despidos de um mínimo de condescendência, que receberam sua ousadia como atentado a um gênero sem mácula, a fixadora de uma das modalidades de maior aceitação de nossa música popular: o chorinho com letra. Ademilde é a soberana inconteste dessa vertente desde junho de 1942 ao lançar em selo Columbia (mais tarde gravadora Continental, de tanta história em nossa discografia) a versão com versos do eterno e mundialmente conhecido Tico-Tico no Fubá, do compositor paulista (Santa Rita do Passa Quatro) Zequinha de Abreu.
O sucesso imediato e geral do Tico-Tico cantado puxou o de outros choros clássicos: Darcy de Oliveira fez uma letra para Apanhei-te Cavaquinho, de Ernesto Nazareth, e João de Barro providenciou outra para Urubu Malandro, de Lourival de Carvalho, adaptado de antigo motivo popular fluminense. Os choros passaram a ser feitos também com poemas e Ademilde gravava um êxito após o outro, sempre acompanhada de conjuntos liderados por chorões virtuosos, da estirpe mais genuína, como, por exemplo, o flautista Benedito Lacerda, o violinista Garoto, o clarinetista Abel Ferreira, o saxofonista K-Ximbinho (por sinal, seu conterrâneo e de quem gravou duas obras primas, os choros românticos Sonorosos e Sonhando) e o cavaquinista Waldir Azevedo (voz e interpretação de Ademilde têm muito a ver com o agrado universal de Brasileirinho e do baião Delicado).
Voz do Rádio
Na Rádio Clube, Rádio Tupi, Rádio Nacional, cantou em geral escoltada por formações chefiadas por expoentes do nível de Rogério Guimarães, Claudionor Cruz e Severino Araújo, com cuja a Orquestra Tabajara, em 1952, foi cantar choros em uma das festas inesquecíveis do milênio, o Baile do Castelo de Coberville, nos arredores de Paris, com o qual o estilista Jecques Fath apresentou o algodão brasileiro à alta-costura européia.
Ademilde Fonseca, celebrada em um primor de chorinho a ela dedicado pela dupla João Bosco-Aldir Blanc, não tem sucesssora: ninguém chega perto da espantosa agilidade e do andamento realmente vertiginoso com os quais sem perder um mínimo da perfeita dicção e do timbre viçoso alterou a trajetória do choro. Concedeu esta entrevista ao Programa Ensaio, da TV Cultura, em 1997, com 76 anos de idade.
Coreto Brasil
Apresentado por Rubens Betting o programa na sua audição dominical levada ao ar das 8 às 10 horas, com reapresentação às quartas-feiras das 22 às 24 horas, cujo objetivo é reviver musicalmente o passado. Eulália Alonso Betting, assessora e coordenadora cultural do programa.
Vale a pena conferir estas atrações da BRASIL FM.
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