Abra as portas para o amor

A chama acesa na janela

Queima a vela

Queima o sonho, a esperança

As mais antigas lembranças

Em um tristonho entardecer

E a luz na alma a morrer

Fecha a janela

Deixa o mundo separado

Lá fora, distante

O peito amargurado

A casa vazia

Em triste agonia

No escuro a chorar

Um fio de luz entrou pela fenda da parede

A penumbra ganhou alguma claridade

A vista ainda turva estranhou o ambiente

Pelas frestas da vida, a dura realidade

E o vento abriu de novo a janela

Apagou a chama da vela

Já criptada, escura e amarela

O amor penetrou pela casa aberta

Invadiu a alma há tanto deserta

Aqueceu os sentimentos

Com intensidade

Acalmou os ouvidos

Trouxe liberdade

O que parecia velho, ficou novo

A sombra virou luminosidade

E o brilho tão forte fez doer o antigo olhar

Levou a poeira e o cheiro de saudade

Atropelou os passos e o modo de andar

Encheu de sorrisos a boca amargurada

Trocou lágrimas por estrelas peroladas

Abriu as portas do coração

O amor transformou a alma cansada

Em uma linda e doce canção

A fez reviver, sair do quarto apagado

Para brotar e renascer

(*) É pedagoga e aluna do curso de Psicopedagogia da Uniara

Compartilhe :

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Os novos direitos dos pets no transporte aéreo

A esquerda, sem rumo e sem prumo

Os guardiões da sua mudança de mindset

Alguma moral, um pouco de sensatez

Deixe ao sucessor o município que você gostaria de ter encontrado

CATEGORIAS