A Unimed foi até ao Plano Santa Casa Saúde para gerenciá-lo, impondo as suas diretrizes? Pelas primeiras informações, sim. Parece que a cooperativa de médicos absorve a congênere, especialmente porque isso foi bastante veiculado pelas partes que se opuseram quando da intervenção.
O prefeito Edinho Silva e o presidente Hilton Negrini Tolói, nesta semana, fizeram ver à editoria do JA que o episódio administrativo se deu de forma inversa: a Santa Casa Saúde, com problemas enormes que poderíam respingar na economia do hospital com déficits cumulativos, foi à Unimed para propor uma parceria que permitisse a venda de serviços.
À evidência, isso muda radicalmente o raciocínio porque a cooperativa usa de suas prerrogativas para vender procedimentos profissionais, abre o leque de prestação de serviço que é lícito e salutar. Essa modalidade interessa aos cooperados, enquanto médicos que têm a base de pacientes ampliada e, portanto, mais uma fonte geradora de recursos. O hospital Santa Casa, ao invés de 80 ou 100 passa a ter mais de 300 profissionais ao dispor dos cerca de 17 mil usuários (titulares e dependentes do Plano Santa Casa Saúde).
Em síntese, essa situação que se apresenta complexa (alicerçada numa comunicação pouco ortodoxa e politicamente incorreta) exige outros enfoques esclarecedores e na mais absoluta transparência para ser entendida pelos formadores de opinião e toda a região de Araraquara. Em última análise, os donos do hospital que é referência em várias modalidades. Voltaremos ao assunto.