A intuição é uma arma secreta

Marilene Volpatti

Intuição é ter uma antena, em qualquer lugar secreto no cérebro, que capta mensagens em forma de imagens, impressões e sentimentos.

Em viagem realizada em pequena cidade do Estado de Santa Catarina, Marina conheceu e se apaixonou perdidamente por um engenheiro. O relacionamento durou exatamente um mês. De volta para casa, esperou em vão contato do amado. Dois anos se passaram sem notícia, até que um belo dia ao acordar teve um estalo e “soube” que logo iria vê-lo. De fato, dez dias depois, ele apareceu e retomaram o relacionamento.

Segundo Laurie Nadel, escritora americana e autora do livro Sexto sentido, pessoas assim desenvolvem intensamente os poderes de intuição, o que em seu livro ela chama de “saber sem saber como você sabe”

Místicos atribuem esse poder a um “eu superior”, os avózinhos acreditam que seja apenas uma questão de senso comum – e a grande maioria acha mesmo que é bruxaria. Mesmo assim, a intuição nunca recebeu tanta atenção como em nossos dias. Cientistas e acadêmicos, que estudam o fenômeno, afirmam que qualquer pessoa pode ter a capacidade de ser intuitivo – pelo menos até certo ponto sendo necessário, mesmo para se chegar ao máximo, muito treino.

Inconsciente

A intuição é o conhecimento imediato de alguma coisa no plano do inconsciente. É diferente de premonição, clarividência ou telepatia, fenômenos ligados ao campo da parapsicologia.

Estudos provam que o inconsciente sabe muito mais do que o consciente. Em pesquisas realizadas, foi pedido a algumas pessoas que fizessem uma lista dos objetos que tinham visto num determinado lugar. A maioria conseguiu lembrar-se no máximo de trinta peças. Em estado hipnótico, lembraram-se de pelo menos 100.

Dicionários e manuais de psicologia definem intuição como conhecimento e não como advinhação. Portanto, há quem diga que ela está sempre certa. “Mas necessário se torna tomar cuidado para não confundir com um desejo inconsciente”, afirmam os psicologos. Tem ocasião que uma pessoa deseja tanto uma coisa que chega a afirmar que ela vai acontecer. Isso não é intuição; é a percepção da realidade externa sem interferência das nossas vivências internas. Observe que é bem diferente.

Intuição feminina

O sexto sentido sempre foi considerado privilégio das mulheres. Tanto é verdade que setores empresariais, em alguns países, estão usando da intuição feminina na moderna administração.

Para os analistas, antes de mais nada, é importante mergulhar numa viagem de auto-conhecimento, evitando-se o risco de confundir humores e emoções com pressentimentos. Explicam: “a verdadeira intuição brota da pessoa sem que nenhum dado indique o que vai acontecer”. Por exemplo: numa determinada empresa, quinze pessoas participam da seleção da escolha de uma vaga. A executiva bate os olhos numa determinada pessoa e passa a ter certeza que ela será uma ótima funcionária. Ao examinar seu currículo, não observa nada de extraordinário que justifique sua preferência. Mas aposta tudo nela e vê que fez bem em seguir sua intuição, a nova funcionária é excelente profissional, correspondeu às expectativas da empresa. Nota dez para essa intuição da executiva.

Para os estudiosos no assunto: “quando você confia na intuição, ninguém consegue abalar suas convicções”. Isso faz com que as pessoas intuitivas sejam um tanto quanto difíceis. Elas ouvem a si mesmas em primeiro lugar. Como na maioria das vezes a intuição parece exercer o papel de anjo da guarda, essas pessoas costumam seguir em frente sem problemas.

Sempre alerta

Confiar apenas em estalos é arriscado, sobretudo quando se diz respeito ao trabalho. Para tomar uma decisão acertada, uma boa dose de ceticismo é valiosa. Ele nos leva ao uso de todas as ferramentas disponíveis como pesquisas, investigação dos fatos e análise detalhada do assunto. Mas nada disso justifica que a intuição deva ser desprezada, muito pelo contrário.

Enfim, quando se fala em intuição, parece que as pessoas sempre tem uma experiência positiva para ser contada. Onde está, então, o risco de botar fé nos nossos “estalos”. A maioria dos estudiosos têm uma visão comum sobre o assunto. Costumam dizer que as pessoas podem voar tão alto quanto quiserem, desde que não tirem os pés do chão.

Voemos, pois, para alcançarmos nossos objetivos, e (por que não?), também, o do próximo. Afinal… unir forças nunca é demais.

Serviço

Consultoria: Drª Tereza P. Mendes – Psicoterapeuta Corporal – Fone:- 236-9225.

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