A História vai julgar

Duas matérias polêmicas que, somando-se à intervenção da Santa Casa, formam o tripé problemático do segundo mandato do prefeito Edinho Silva.

Venda da rua Emílio Carlos

O plenário da Câmara Municipal aprovou nesta quarta-feira, 13, em sessão extraordinária, por sete votos contra quatro, o projeto que autoriza o Executivo a vender parte da rua Deputado Emílio Carlos, localizada no bairro Melhado, para a empresa Cutrale.

Toda a discussão foi acompanhada por moradores da região do Melhado e representantes de vários setores da sociedade, entre eles o Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar).

O vereador Carlos Manço (sem partido), que preside a Comissão de Justiça da Casa e não assinou o parecer de legalidade ao projeto por falta de tempo hábil, foi o primeiro a usar a tribuna para declarar voto contra a venda. O projeto entrou em votação com parecer assinado por dois, Carlos Nascimento (PT) e José Carlos Porsani (PFL), dos três membros da comissão.

Edno Pacheco, do PTB, também usou a tribuna e declarou que, embora não existisse obrigatoriedade da presença, participava da sessão porque tem responsabilidade com a cidade.

Já o vice-presidente da Câmara, Elias Chediek Neto (PMDB), ressaltou a complexidade do projeto e criticou a forma atropelada com que a proposta chegava à votação. Ele apresentou um pedido de vistas por um dia, mas a proposta foi rejeitada por seis votos contra quatro.

O vereador Carlos Nascimento (PT) enfatizou que a Câmara Municipal faz de um processo e que, como vereador, não aceitaria que a responsabilidade sobre a venda fosse transferida para a Casa. Disse também que não poderia se posicionar considerando somente os interesses da Cutrale, a relação entre o Executivo e a empresa ou a associação de moradores do bairro. ôTemos que ter um olhar mais amploõ. O vereador também ressaltou que recebeu as respostas do Executivo às questões levantadas em seu requerimento.

Já o vereador José Carlos Porsani (PFL) disse que votaria a favor da venda porque participou de uma reunião com o prefeito Edinho Silva (PT) na segunda-feira, 12, e recebeu a garantia de que o bairro Melhado receberá melhorias, entre elas a construção de um centro comunitário.

Eduardo Lauand, do PMDB, também usou a tribuna para declarar voto contrário à venda. Disse que respeita o prefeito, mas que não poderia votar a favor da venda sem uma garantia concreta de que os moradores serão beneficiados.

Acompanhe a votação

Votos favoráveis à venda: 7

-Carlos Nascimento

-Edna Martins

-Edno Pacheco

-Everson Inforsato (Dicão)

-José Carlos Porsani

-Valderico Jóe

-Marcos Rodrigues

Votos contrários à venda: 4 Carlos Manço

-Eduardo Lauand

-Elias Chediek Neto

-Juliana Damus

Câmara aprova permuta do Estádio Municipal

O projeto que autoriza o Executivo a permutar o Estádio Municipal pela sede social do Clube Araraquarense foi aprovado por unanimidade nesta quarta-feira, dia 13, em sessão extraordinária da Câmara Municipal.

A proposta inclui pagamento da diferença de valores, pelo Clube Araraquarense, entre as duas áreas. A estimativa é de que a diferença fique em torno R$ 3,5 milhões, segundo o líder do Governo na Casa, Everson Inforsato (Dicão/PT).

A verba será usada para pagar dívidas da AFE (Associação Ferroviária de Esportes) e construir um novo estádio no Jardim Botânico. Com a negociação, o estádio da Fonte Luminosa passa ser patrimônio público.

O vice-presidente da Câmara Municipal, Elias Chediek Neto (PMDB), usou a tribuna para sugerir a apresentação de uma emenda especificando onde a verba adquirida com a permuta será aplicada.

Carlos Nascimento, do PT, falou sobre os compromissos assumidos pelo governo e explicou que, com a aprovação do projeto, será redigida uma minuta e, posteriormente, submetida à nova discussão na Casa.

O vereador Carlos Manço (sem partido), que votou favoravelmente à permuta, lembrou que a negociação com o Clube Araraquarense já havia sido estudada anteriormente, mas não chegou a ser concretizada por causa de interferência do então vereador Edinho Silva (PT). “Ele dizia que moveria toda a cidade contra a Prefeitura, que estava tentando beneficiar o Araraquarense, os ricos. Agora, que está na cadeira de prefeito, viu que as coisas não são bem assim”, desabafou.

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