A fase de tapinhas e autógrafo

Lula está certo em afirmar que está “consciente das limitações do cargo” prevendo pressões por resultados imediatos e admitiu que “o período relativamente tranqüilo que vivi desde a vitória nas urnas está com os dias contados”. O discurso do presidente-eleito, na séde da OAB em Brasília, teve um tom de chamado à realidade. E Lula está certíssimo, ainda mais pelo andar da carruagem: vai pesar a atitude dos deputados federais que aumentaram o salário (deles) em 52%. Haverá o efeito cascata para deputados estaduais que ganham até 75% do salário pago ao federal e destes para o vereador, na mesma percentagem. Esse até vai funcionar como limite máximo e será adotado de pronto. Ninguém vai aceitar menos.

Para os estaduais não se discute o direito constitucional, mas, para os vereadores (que não estão sendo empossados e, portanto, não se trata de nova legislatura), s.m.j., deve-se esperar estudo do Ministério Público. Não se trata de compensação da inflação medida nos dois anos, mas, um aumento legal que os deputados federais determinam à próxima legislatura. Quem sabe haverá jeito para sangrar menos o nosso bolso. Seu também.

Isso representa desgaste incomensurável aos políticos (os donos do brasil) já que os trabalhadores em geral (detentores de muitos deveres no contexto do Brasil) estão com salário gessado há tempo e, especialmente o servidor público, tem reservada a percentagem de 4 pontos para 2003.

A turma do andar de cima, está com tudo. Nós, daqui de baixo, amargamos a escassez de mercado, desemprego, violência, evaporação de tributos e fome desmedida de capitalistas em busca do lucro rápido e fácil. Os especulares deitam e rolam e, todos nós (leais pagadores de impostos), procuramos conviver com o danoso reflexo.

Por exemplo, o segmento da imprensa teve aumento de 42% neste ano e, pela briga e procedimento predatório de alguns, ainda tem que bonificar a velha tabela. Uma briga que, inexoravelmente, levará à descapitalização (mesmo dos donos ricos que fazem do mistér um momento de lazer prazeroso em busca de prestígio pessoal) ou fechamento de alguns que, profissional e histórico ideal, mantêm o veículo para escrever a história da comunidade. Todos, por enquanto, procurando garantir o emprego de muita gente.

Com tudo isso, os políticos deveriam ir com menos sede ao pote, sempre de barro.

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