A Cultura em Diálogo

"Convém lembrar: quem pouco semeia pouco também colhe. Quem semeia com abundância também colhe com abundância". (Cor. 9,6).

Bom dia. As férias começam. Descansamos, viajamos… Damos um tempo, tanto nós professores, quanto nossos alunos. Meninos e meninas, vamos aproveitar para recarregar nossa energia positiva. Não importa que seja na praia, no campo ou mesmo por aqui. Façamos destas férias um momento especial.

"O fundamental é afirmar-se na opção de alargar p pensamento e o coração". (Dom Hélder Câmara).

Como havia feito referência na última semana, apresento um texto de um jovem que dá muitas alegrias a todos aqueles que com ele convivem, por sua inteligência e carinho.

Instrução e saúde ou ignorância e doença.

Fernando Henrique Antoniolli Farache.

"O governo de Luís Inácio Lula da Silva, contrariando sua retórica, cortou gastos na área social, nesse primeiro quadrimestre. A diferença entre o investimento atual e o feito pelo governo anterior, no primeiro quadrimestre do ano passado, foi de 1,4% do PIB, o que equivale em média a 6,9 bilhões de reais. Esse corte refletirá em áreas sociais fundamentais, como a educação e a saúde.

Deixar de investir em educação é, certamente, muito perigoso para o futuro do país. A educação é a única maneira de levar um país ao desenvolvimento. Tomemos o Japão como exemplo: ele saiu da Segunda Guerra Mundial completamente destruído, mas, investindo em educação, conseguiu se tornar uma das maiores potências mundiais. Assim, como disse Benjamim Franklyn, "investir em conhecimento rende sempre os melhores juros".

O corte em recursos da saúde também deve ser cuidadosamente revisto. Não há dúvidas de que a saúde no Brasil anda de mal a pior. Levemos em conta o fato de pessoas ficarem cegas devido a remédios contaminados, usados depois de uma cirurgia ocular, como ocorreu há semanas.

Tudo isso nos leva a refletir sobre a postura do governo em relação à área social, na qual ele prometera investir. Se tal postura não for alterada, estaremos arriscando o futuro e o presente do nosso país. Sendo assim, se não quisermos pagar o preço da instrução e da saúde, pagaremos o preço da ignorância e da doença".

Fernando, agradeço a redação enviada. Continue a ter atitude crítica e reflexiva. Não deixe obscurecer sua visão. Continue indo do visível ao legível. Gostei da sua participação. Parabéns.

O que poderia eu dizer sobre a Profª Maria Helena de Moura Neves?

Que ela é uma sumidade na área de Lingüística e Língua Portuguesa?

Que ela tem o dom de ensinar?

Que ela tem uma imensa capacidade intelectual ?

Que ela é querida por todos e em todos os lugares da UNESP?

Que ela é sempre carinhosa com aqueles que a procuram ?

Que escreve grandes obras ?

Que é uma grande mulher, antes de ser educadora ?

Que tem um sorriso maravilhoso ?

Nada do que eu dissesse seria o suficiente para elogiar tal criatura.

Posso dizer que tive, durante quatro anos de minha vida, um privilégio que poucos tiveram em nosso país. O de ter sido aluna desta maravilhosa Professora.

Conheçam um pouco de sua mais recente obra.

Acaba de sair pela Editora da UNESP, a obra Guia de uso do português: confrontando regras e usos (829 pp.) de autoria da Professora Maria Helena de Moura Neves, co-prefácio de José Luiz Fiorin e Francisco Platão Savioli.

O livro tem como público alvo qualquer pessoa estudante, profissional ou simples falante da língua portuguesa que, em algum momento de desempenho lingüístico, sinta algum tipo de dificuldade na formulação de seu enunciado.

Organizada a partir de um estudo exaustivo dos usos vigentes no português contemporâneo do Brasil, a obra busca, em primeiro lugar, informar exatamente como estão sendo usadas pelos falantes as formas da língua portuguesa. O ponto-chave é que o uso pode contrariar as prescrições que a tradição vem repetindo, e o falante particularmente aquele que usa de modo especial a linguagem nas suas atividades profissionais terá de conhecer os dois lados da questão: o modo como os manuais normativos dizem que “deve ser” ou “não deve ser”, e o modo como, realmente, “é”.

Com esse conhecimento seguro porque baseado em pesquisa de ocorrência e, quando necessário, também de freqüência o consulente, avaliando a situação em que, no momento, produz seu enunciado, poderá decidir se o pauta pelas normas tradicionalmente determinadas, para garantir o padrão necessário naquela situação particular de uso lingüístico, ou se às vezes com grande benefício para a eficiência comunicativa “afrouxa” os moldes pelos quais pauta a forma daquilo que diz, escudado na freqüência de uma determinada ocorrência, ou nos tipos de texto em que ela está presente.

A obra não pretende ser um tira-dúvidas calcado nas fórmulas normativas que vêm sendo repetidas nos diversos livros do tipo “consultório gramatical”, que se encontram no mercado. Não se nega, absolutamente, o valor da norma-padrão e a necessidade de sua divulgação. Pelo contrário, essa divulgação o livro também faz, e explicitamente, pois acredita-se que é exatamente o conhecimento das regras, confrontadas com a situação real de uso, que permitirá que o usuário faça suas escolhas para melhor desempenho lingüístico, o qual, se tem de ser eficiente, então tem também de ser socialmente adequado. O que ocorre é que uma proposição de “certo” e de “errado”, decidida por palavra de autoridade e perpetuada por inércia, alijada de uma reflexão que tenha base na própria linguagem, não pode ser aceita como determinadora das decisões de uso.

Desse modo, rejeita-se, na obra, a prescrição cega, que é estreita e insustentável, mas rejeita-se, também, o vale-tudo que considera simplistamente que a norma-padrão é invenção das classes dominantes, e, em nome da mesma lingüística que explicitou os conceitos de variação e mudança, ignora o alcance desses conceitos.

A apresentação é feita por verbetes colocados em ordem alfabética, o que visa a facilitar a consulta, já que o usuário não terá necessidade de, no momento da dúvida, esforçar-se para enquadrá-la em um tema gramatical ou em outro, a fim de efetuar a busca, bastando ir diretamente à palavra ou à expressão cujo emprego constitui problema.

"Amontoado o trigo apodrece; espalhado frutifica". (São Domingos de Gusmão)

Façam contato, estamos a sua disposição celp@terra.com.br

Até a próxima semana.

Profª Teresinha Bellote Chaman

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