A Cultura em Diálogo

Bom dia. Estamos vivendo tempos de guerra. Ela já existe de verdade entre os homens, com armas e bombas. O mundo está, de todas as formas, tentando deter essa loucura. Mas parecem surdos aos apelos: PAZ na Terra aos homens de boa vontade. Manifestemo-nos pela PAZ: ofereçamos nossos trabalho diário, nossas orações, nossas dificuldades… Como trabalho com palavras, desta forma farei minha manifestação.

A PAZ EM NOSSA VIDA COMUNICATIVA

"No convívio com pessoas de nossa comunidade, real ou virtual (através da Internet), é costume conversar-se a respeito de aspectos da vida pessoal familiar e profissional,entretanto a vida comunicativa parece ficar esquecida ou não merecer a devida atenção. Curioso que isso aconteça, pois, afinal de contas, somos seres comunicativos, no caso, usuários de Português em sua variedade brasileira. Ao enfatizar a importância da comunicação em nossa vida, quero referir-me a uma dimensão mais aprofundada que, só recentemente, começou a ser objeto de pesquisas entre nós: comunicar-se pacificamente. Para assegurar aos leitores o direito de compreenderem meu texto, proponho uma distinção tripartida :

Comunicar – capacidade compartilhada universalmente pelos seres humanos, através de língua falada, escrita ou de sinais (pessoas surdas).

Comunicar bem – capacidade que toda pessoa usuária de uma língua deveria ter, resultante de uma aprendizagem sistemática na escola e fora desta. Envolveria saber produzir textos de maneira clara, coerente, concisa, correta, criativa. Saber comunicar-se bem é um objetivo muito desafiador, pois requer um esforço permanente, de co-responsabilidade, por exemplo, entre pais e filhos, professores e alunos, empregadores e empregados, jornalistas e leitores. Dos membros de cada um desses pares espera-se uma interação comunicativa eficaz.

Comunicar par o bem capacidade que também deveria possuir toda pessoa, ao usar sua língua materna/segunda/estrangeira, para o bem das pessoas, de grupos, comunidades maiores (municipais, estaduais, nacionais, regionais, internacionais). A esta altura, os leitores poderão estar querendo saber por que só recentemente começou-se a explorar a terceira dimensão do comunicar. Um pouco dessa História está contada em meu livro Comunicar para o Bem. Rumo à Paz Comunicativa.(São Paulo, Editora Ave Maria, 2002). Eis uma síntese desse manual de alter-ajuda (assim designado,por estar centrado no próximo comunicativo): até início da década de 90, os conceitos paz e comunicação trilhavam caminhos paralelos e não se aproximavam de maneira sistemática.Por isso, em 1993, propus, internacionalmente, a criação do conceito paz comunicativa, para que especialistas das áreas da Comunicação, Lingüística, Ensino de Línguas, Pedagogia, Psicologia, Educação para a Paz, Psicologia da Paz, Relações Internacionais, Turismo ,etc começassem a estudar processos promotores da comunicação pacífica, harmoniosa.

A partir dessa proposta, resolvi dedicar-me à construção de uma nova área de estudos interdisciplinares humanizadores: a Lingüística Aplicada à Paz e a difundir seus princípios e técnicas em seminários,oficinas, palestras e em artigos publicados no Brasil e no exterior. Princípios para a Paz Comunicativa.

Sejamos comunicativamente pacientes, piedosos e prudentes.

Amemos nosso próximo, também comunicativamente.

Conversemos de maneira cordial e construtiva.

Tratemos e retratemos os seres na Natureza com dignidade.

Respeitemos e promovamos direitos humanos comunicativos em casa, na escola, no trabalho. Exemplos: o direito de ouvir , o direito de ser ouvido(a).

Humanizemos a comunicação no trabalho.

Evitemos a discriminação comunicativa . Exemplo: ao nos referirmos

a pessoas com problemas físicos, mentais, etc.

Avaliemos o desempenho comunicativo das pessoas, de maneira justa.

Exemplo: professores de português poderiam aplicar escalas de correção baseadas em critérios humanizadores: efeito na compreensão dos leitores, grau de adequação da mensagem, e não apenas com base na dicotomia "certo" ou "errado", como tradicionalmente praticada.

Construamos uma auto-imagem comunicativa segura. O conceito de segurança comunicativa precisa ser introduzido nas escolas, bem como o de saúde comunicativa (a Organização Mundial de Saúde ocupa-se de problemas de saúde física, mental e social ).

Em suma, todo mundo se comunica, muitos se comunicam bem e muitíssimos querem aprender a comunicar-se bem,mas quantos de nós saberemos comunicar para o bem? Até que ponto exercemos um controle sobre o Português que usamos no dia a dia falando, escrevendo ou usando sinais para dialogarmos com dignidade e justiça à luz de valores éticos, morais, espirituais, etc? Que este texto contribua para reflexões e ações sobre o desafio que temos, neste século, de aprendermos/ensinarmos a cultivar e promover a paz comunicativa entre pessoas e povos".

Por Dr. Francisco Gomes de Matos da Comissão de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara, Recife.

Tenho tido o prazer de falar com pessoas que encontro em nossa cidade. Elas comentam, para minha satisfação, que lêem minha coluna e assistem ao Mestre-Cuca. As questões que tenho colocado no JA muitas pessoas até recortam e guardam ou utilizam em seu trabalho ou em sua escola.

Que bom, isso prova que está valendo a pena.

Vamos então a mais algumas questões. Na próxima semana, vocês terão as respostas. Ao menos que assistam, nesta próxima semana, ao Mestre-Cuca, às 19h30m na Rede Mulher. Lá estarão todas as respostas.

01 Ouve-se constantemente, no português falado:

a ( ) O Emanuel ele faz "belos" pratos.

b ( ) A menina ela envia e-mails ao namorado.

Como melhorar as frases, ao passá-las ao texto escrito?

Vamos pensar?

02 Parafraseando Millôr Fernandes:

Um homem entrou no bar, bebeu tanto, bebeu tanto…

Que saiu de lá assim!

Na linguagem popular, diríamos que tal homem é um:

a ( ) pingunço

b ( ) pingusso

c ( ) pinguço

d ( ) pingunçu

03 Algumas pessoas dizem a um amigo:

O meu amigo, já começou o Mestre-Cuca!!!

Ele reponde:

a ( ) Por que vocês não me chamô?

b ( ) Por que vocês não me chamaram?

c ( ) Porque vocês não me chamaram?

Descubra a frase adequada, quanto ao uso do porque / por que e quanto à concordância verbal.

04 Minha avô recomendou: Mel, com leite!

Eu tomei e respondi: Agora, as dor acabou!

Vamos melhorar a resposta acima, ou não é preciso???

05 Ao saber que "chef" Allan respondeu ao meu e-mail, no ar, fiquei meia embaraçada e com vergonha.

Onde há uma palavra inadequada, quanto à concordância???

Aproveitem bem o final de semana. VIVAM a PAZ e que ela SOBREVIVA.

Continuem mandando seus e-mails celp@terra.com.br

Até a próxima semana.

Profª Teresinha Bellote Chaman

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