Profª Teresinha Bellote Chaman
Bom dia a todos. Tenham um ótimo final de semana. Estamos na torcida. Iniciou-se a Copa do Mundo. Está certo que existem coisas mais importantes. Como a Copa é de 4 em 4 anos… vá lá. Força Brasil, contamos com a sua vitória. Afinal, o povo merece. Como também o povo merece falar, escrever, entender melhor a nossa Língua Portuguesa. Quem precisar aprimorar-se fale com o CELP Centro de Estudos da Língua Portuguesa celp@terra.com.br
Hoje, quero que vocês conheçam um pouco mais do Prof. R. Leontino Filho.
Nome Completo: Raimundo Leontino Leite Gondim Filho
Filiação: Raimundo Leontino Leite Gondim Filho
Miriam Calixto Lima Gondim
Local de Nascimento Aracati Ceará
Data de Nascimento: 09 de maio de 1961
Estudou o primeiro e o segundo graus no Colégio Marista de Aracati
Profissão: Professor Universitário
Local de Atuação: Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, Câmpus Avançado de Pau dos Ferros
Formado em Letras pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, em Mossoró, no Ano de 1984
Com Especialização em Língua Portuguesa pela mesma universidade, em Mossoró, no ano de 1993
Tem Mestrado em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, curso concluído em Natal, no ano de 1997, com o trabalho "Sob o Signo de Lumiar: Uma Leitura da Trilogia de Sérgio Campos".
Atualmente faz o doutorado em Estudos Literários na UNESP, Câmpus de Araraquara/SP.
É autor dos seguintes livros de poemas:
1) Amor uma palavra de consolo /1982
2) Imagens /1984
3) Cidade íntima / 3 edições: 1987, 1989, 1999
4) Entressafras / 1988, em parceria com o poeta potiguar Gustavo Luz e
5) Sagrações ao meio / 1993.
Participou de várias coletâneas poéticas e colabora com jornais e revistas alternativas. Faz parte do Conselho Editorial da Revista Literatura de Brasília editada pelo escritor e poeta Nilto Maciel.
Conheçam também um pouco mais de sua obra:
CIDADE ÍNTIMA
Visito
a metafórica cidade do poeta
casas
ruas
cristais
esculpidos na vasta armadilha
sideral da mulher por ele amada.
Equilibro
as doses amargas do vinho
trajetória abandonada no fundo
da água
do mar
do espaço
cercas que brincam com a frágil
lâmina da árvore descalçada.
Singro
ilhas condenadas ao exílio
inferno
céu
dentes imutáveis, folhas opacas
tempestades
vôos grudados no seio da poesia.
A brincadeira é leve
como leve é o estouro
da inspiração.
Molham-se os pequenos jogos
quando o universo
do verso é descoberto.
II
Eis
mais uma vez
a musa serena, louca e desvairada
cavalgo, cavalgo, preciso cavalgar
teu ser, boca de prazer
(cidade do poeta)
fornalha que arde e não se apaga
com o sorriso de menina que possuis.
E deslizo na realidade do teu rosto
realidade de menina que vaga nas praças
que rompe toda paz de milênios
despertando em mim
sensações estranhas de viver
alimentadas por outras vontades.
Daqui,
o coração indaga
mergulha no abandono azul das palavras
quando por entre sons
reclamo,
para mim
lá fora
é dentro do teu corpo
e o abismo do teu ventre
é mais sereno
que o orvalhar do meu pranto.
III
Foi inútil enterrar deuses
guarnecer paisagens
feitas na penumbra das conversas.
Foi inútil deixar marcas
rastro de um redskin
na distante ruína vegetal.
Deixar a cidade
tuas carícias, teus olhos, teus lábios
tua infindável surpresa.
Partir
numa migração de ilusões
quando o tempo é pó
pão
é
novelo
que faz de tua intimidade
uma virtude momentânea
no pecado do dia a dia.
São verdadeiras pérolas, que apenas um poeta poderia colocar à disposição daqueles que as desejam saborear.
Parabéns, Prof. Leontino.
Manifestem-se celp@terra.com.br