Selic e dólar em alta influenciam na inflação

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Foto: tascha1/Freepik

Taxa de juros e moeda estrangeira têm ligação direta com inflação e refletem cenário econômico brasileiro

O Banco Central (BC) fez reajustes na política monetária brasileira devido à alta da inflação na energia, nos alimentos e nos combustíveis. No último dia 27 de outubro a taxa Selic, de juros básicos da economia brasileira, foi mais uma vez elevada pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Por unanimidade, a taxa subiu de 6,25% para 7,75% ao ano, surpreendendo analistas financeiros – que esperavam reajuste máximo de 7,50%. O aumento é atribuído à crescente instabilidade no mercado econômico, provocada pela mudança do cálculo do teto de gastos do Governo Federal neste período que antecede as eleições.

Segundo o Copom, o aperto monetário e a alta dos juros são justificados pelos acontecimentos recentes. A taxa Selic possivelmente será elevada novamente em dezembro, quando o órgão volta a se reunir. A expectativa é de mais 1,5 ponto percentual de crescimento, com chances de a taxa terminar o ano de 2021 em 9,25%.

Especialistas também acreditam que o alto valor do dólar hoje impacta os índices de inflação no país, já que o Brasil é dependente da importação de insumos de outros países. Os preços do petróleo, do gás e do carvão também são fatores adicionais que pressionam a inflação.

O que é a taxa Selic

A Selic é o principal mecanismo de política monetária para o controle da inflação, servindo de parâmetro para as outras taxas de juros na economia, como as de empréstimos, financiamentos e aplicações.

Quando a taxa é elevada, as demais também aumentam. Isso porque, ao subir os custos do crédito, os bancos pagam mais caro para conseguir dinheiro emprestado e, consequentemente, também cobram mais caro aos clientes que pedem empréstimo. Juros altos levam empresas e consumidores a gastarem menos e pouparem mais — já que o dinheiro poupado é remunerado a uma taxa maior de juros.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), a taxa de juros é uma ferramenta rápida e simples no cenário inflacionário. Porém, com a alta, a retomada dos investimentos acaba sendo dificultada, justamente no momento em que o Brasil tenta retomar os índices de antes da pandemia.

Prejuízo para a população

A Força Sindical Brasileira considerou um equívoco a decisão do Copom de aumentar a taxa Selic. A organização defende que, para responder à crise, o Governo Federal deve tomar medidas importantes. Os exemplos incluem retomar a política da redução da taxa de juros e um projeto de desenvolvimento sustentável que abranja a geração de empregos, a distribuição de renda, a redução da desigualdade social e o combate à pobreza.

(Luiz Affonso Mehl – Analista de Link Building – www.expertamedia.com.br)

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