Voluntária ensina música a deficientes

Solange Naomy Ozório Gallucci, natural de São Francisco do Sul (SC), terceira cidade mais velha do Brasil, é professora formada em Florianópolis e proprietária da Escola Teclado Mágico há 16 anos.

Envolvida com a música, principalmente com o piano, desde a juventude, Solange começou a lidar com o órgão eletrônico a partir do interesse de algumas amigas em aprender a tocar o instrumento. Hoje, dedica-se principalmente a aulas de teclado.

Casada com o engenheiro Osmar Carlos Gallucci, mãe de seis filhos – Osmar Carlos, Carlos Eduardo, Luiz Fernando, José Luiz, Paulo de Tarso e Antonio José – e avó de dez netos, é também voluntária da ParaDV e elogia o trabalho feito pela instituição. “Eles realizam um trabalho maravilhoso, além de valorizar a promoção dos assistidos, dando oportunidade a todos”, ressalta.

A família influenciou no seu envolvimento com o piano?

Não, porque todo adolescente, naquela época, aprendia algum instrumento. Eu aprendi a tocar piano na escola.

Toca outros instrumentos?

Quando já estava casada, troquei o piano pelo órgão eletrônico e pelo teclado.

O que motivou esta “troca”?

O estudo do piano exige muita dedicação, não sendo o instrumento mais apropriado para quem busca lazer, descontração e relaxamento. Quando conheci uma fábrica em São João da Boa Vista fiquei encantada. O bom, também, é que tanto o órgão como o teclado podem ser levados a qualquer local com certa facilidade.

Quais instrumentos são os preferidos das crianças?

Elas preferem o teclado, violão, guitarra e também a bateria.

Seus filhos e netos também tocam algum instrumento?

Eu bem que ensinei aos meus filhos, mas eles preferem cantar ou a percussão. Já alguns de meus netos estão aprendendo teclado e violão. Acho isso ótimo.

Há uma orientação para a escolha?

Na verdade, a pessoa já vem direcionada a um determinado instrumento.

Como funciona sua escola?

Comecei a escola como uma forma de lazer para algumas amigas. Com o passar do tempo, ela foi se transformando em uma escola de verdade. É um lugar gostoso, onde a música sempre funcionou como descontração e alegria para adultos, adolescentes e crianças.

De que maneira passou a ser voluntária da ParaDV?

Este trabalho surgiu de um convite da própria ParaDV. Eles precisavam de uma professora de teclado para deficientes visuais. Foi um desafio e um presente ao mesmo tempo. Desafio porque jamais havia trabalhado com deficientes visuais e um presente porque eles são especiais, pertencem ao mundo daqueles que conhecem uma luz, a verdadeira luz.

Há requisitos para ser um voluntário?

Apenas amor, boa vontade e determinação.

O retorno é grande?

Sim. Sentimos uma alegria imensa e a certeza de que é possível ser útil àqueles que precisam de carinho, atenção e ajuda.

Mudança marcante.

Pela história podemos perceber que amulher sempre foi direcionada ao lar, como esposa e mãe. A sociedade mudou e a mulher foi conseguindo se impor pela sua inteligência e força de vontade. Um grande desafio, no qual a mulher conseguiu mostrar seu valor.

Como contagia a mulher de hoje?

Pela alegria e pela vontade de que a mulher coloque em sua volta, em sua vida, todo talento que possue.

Acredita que as mulheres são mais unidas?

Depende do objetivo de vida de casa uma. O sentido de vida das pessoas transforma seu modo de olhar o mundo. O valor de cada mulher está ligado ao espaço que procura para si e para os outros.

A vida espiritual tem importância para você?

É o alicerce da minha vida, onde encontro força e motivação para viver em família e sociedade. A vida espiritual precisa de fe e coerência. É o que cultivo com oração e fe em Deus.

Mensagem

Como esposa, mãe e avó, recebi de Deus uma proposta e estou lutando para dar uma resposta coerente, com muita fé.

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