Lembra-se daquele delegado que sugeriu que a gente andasse com uma nota de 100 reais para dar ao ladrão? Caso contrário, o aludido senhor, forte e inatingível, poderia nos matar.
Antigamente, a notícia sobre seqüestro era rara. Envolvia, sempre, gente importante do cenário político e econômico. A finalidade era um resgate financeiro. Agora, sequestro a cada minuto cuja qualidade beira a piada: qualquer um é sequestrado para garantir alguns poucos reais. Conseguiram banalizar o crime neste país de pouca segurança e muito imposto.
Em Araraquara, nesta semana, menino de 5 anos e a secretária de uma gerente administrativa de agência bancária foram sequestrados. Não se sabe nada sobre o pagamento de resgate, mas, já pensaram como ficou o coração da mãe-trabalhadora? E o seqüestro da família de outro gerente, do Banco do Brasil? E o pessoal da Nossa Caixa/Nosso Banco, da agência central de Araraquara? Dá calafrio só de pensar. Gerente de banco, nem pensar. Ganha pouco para muito perigo, estendido aos familiares. Uma loucura em meio à crise de autoridade.
Mas, ainda bem que a Acia convidou um especialista para falar “sobre o tema palpitante e de grande interesse do empresário nos tempos atuais: o seqüestro para fins de resgate financeiro”.
Falta para todos nós uma bandeira legítima, especial para a virada. A inversão de valores ofende à inteligência do mais pacato cidadão.
Até quando?